Alerta! Governo apreende arroz e feijão com grave problema; veja mais / Imagem canva pro
Você já reparou que, muitas vezes, o que está escrito na embalagem nem sempre é o que vai parar no seu prato? Pois é. Parece exagero, mas não é. E a prova mais recente vem de Araraquara (SP), onde o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu nada menos que 32 toneladas de arroz e feijão por suspeita de fraude na qualidade dos produtos.
Mas calma — a história é ainda mais grave do que parece.
Segundo o Mapa, as irregularidades foram detectadas em supermercados da cidade. Os produtos estavam sendo vendidos como tipo 1 — ou seja, de qualidade superior, mais caros, mais selecionados. Mas, na prática, eram bem diferentes disso.
No caso do arroz, por exemplo, os fiscais apreenderam 4.595 pacotes de 5 kg, oriundos de uma empresa de Uberlândia (MG). Os testes mostraram que os lotes tinham entre 23% e 32% de grãos quebrados. O problema? Pela legislação brasileira, o arroz tipo 1 só pode ter até 7,5% desses fragmentos. Ou seja, estavam vendendo tipo 2 disfarçado de tipo 1 — e cobrando mais por isso.
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E o feijão? Também foi alvo da fiscalização. Foram apreendidos 9.200 pacotes de 1 kg, embalados por uma empresa de Brodowski (SP). Alguns lotes continham mais de 3% de grãos mofados, ardidos ou germinados, quando o limite para tipo 1 é de apenas 1,5%. Resultado? Esses produtos eram, na verdade, tipo 3 disfarçados. E teve lote classificado como tipo 2 também, com mais de 5% de grãos danificados — o que também ultrapassa o permitido para tipo 1.
Não. Os nomes das empresas ainda não foram divulgados oficialmente. Mas o que se sabe é que elas agora vão responder a processos administrativos, podendo inclusive solicitar análises periciais. E caso fique comprovado que a fraude foi intencional, as penalidades podem incluir multas pesadas, suspensão de atividades e até responsabilização judicial.
Porque estamos falando de um produto essencial. Arroz e feijão são a base da alimentação da maioria dos brasileiros. E quando a fraude envolve esse tipo de item, o prejuízo vai além do bolso — atinge a confiança do consumidor e a credibilidade do setor.
Pagar mais por um produto achando que está levando qualidade e receber algo inferior não é só desrespeitoso, é crime contra o consumidor. E mais: prejudica produtores sérios, que seguem todas as regras, mas perdem espaço para quem joga fora das quatro linhas da legislação.
A boa notícia é que ela está funcionando. O próprio Ministério da Agricultura informou que ações de fiscalização continuam em andamento em todo o país — com foco não apenas em grãos, mas também em bebidas, laticínios e outros itens de grande circulação. E essa não é a primeira operação do tipo: só neste mês, o governo já apreendeu mais de R$ 1 milhão em vinhos e vinagres irregulares no Paraná.
Fique atento. Leia os rótulos, observe o aspecto do produto e, se possível, verifique a procedência da marca. Desconfie de preços muito baixos para produtos supostamente “premium”. E, se encontrar algo suspeito, denuncie. O canal oficial para isso é o Sistema de Ouvidoria do Mapa ou o Procon da sua cidade.
Porque quando o assunto é alimento na mesa do brasileiro, qualidade não é luxo — é obrigação.
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