Americanas informa que não tem proposta para aporte de R$ 10 bilhões

Nesta sexta-feira (3), a Americanas enviou um comunicado ao mercado dizendo que respondeu a questionamentos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) onde deixou claro que até o momento não há proposta para um aporte de R$ 10 bilhões na companhia.

A resposta da companhia veio depois que a CVM fez um questionamento relacionado a uma reportagem publicada no Valor Econômico que afirma que “a Americanas agora sinaliza aporte de 10 bilhões de reais” e que “credores devem abrir conversas”.

“Até o momento, não há proposta de aporte no valor de 10 bilhões de reais, seja por parte da companhia ou de seus acionistas de referência, tal como consta da mencionada reportagem”, afirmou a Americanas no comunicado.

Para quem não sabe o significado de um aporte, trata-se de subsídio, contribuição. É um termo muito utilizado no meio empresarial. Aporte é mais usado como uma contribuição financeira, um dinheiro ou uma ajuda utilizada para um determinado fim.

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O rombo

De acordo com a CNN Brasil, documentos da investigação interna que corre na Americanas revelam que o comitê de auditoria da empresa chegou a questionar mais de uma vez seus diretores sobre as operações que causaram o rombo milionário na varejista.

Os diretores nunca admitiram qualquer operação de “risco sacado” ou “forfait” que tenha causado o rombo. Segundo informações, entre os anos de 2020 e 2022, os executivos foram várias vezes questionados sobre o tema.

O risco sacado, também chamado de “forfait”, é um serviço oferecido por bancos e também uma prática realizada por empresas, tratando-se de uma modalidade de antecipação de recebíveis.

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Recuperação judicial

A crise da Americanas começou no dia 11 de janeiro deste ano, quando foi comunicado ao mercado inconsistências contábeis em torno de R$ 20 bilhões, levando a varejista entrar com um pedido de recuperação judicial dias depois, que foi aceito pela Justiça.

Segundo a própria companhia, as dívidas são de R$ 42 bilhões e 7.720 credores oficiais, conforme solicitado pela Justiça do Rio de Janeiro. As lojas estão endividadas com grandes bancos brasileiros, sendo mais de R$ 22 bilhões divididos entre apenas nove bancos. 

A empresa foi exposta pelo Deutsche Bank, pela dívida de US$ 1 bilhão de dólares, algo em torno de R$ 5,2 bilhões que a varejista tem com a instituição financeira.

Jorge Roberto Wrigt

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