No Brasil, apenas cerca de 11% dos estudantes com idades entre 15 e 24 anos estão matriculados em cursos profissionalizantes, o que representa pelo menos um em cada dez estudantes.
Essa taxa é significativamente inferior à média observada nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que varia de 35% para estudantes de 15 a 19 anos a 65% para aqueles com idades entre 20 e 24 anos.
Esses dados foram divulgados no relatório Education at a Glance 2023, lançado em 12 de setembro, que compila informações sobre a educação de países membros da OCDE e parceiros, incluindo o Brasil.
O foco do relatório deste ano é a educação profissional, considerando o “mínimo necessário para uma participação bem-sucedida no mercado de trabalho”, conforme destacado no estudo.
No contexto brasileiro, a educação profissional e tecnológica é uma modalidade prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), com o propósito de preparar os estudantes para o exercício de profissões e para a sua inserção no mercado de trabalho.
Essa modalidade pode ser cursada em conjunto com a educação de jovens e adultos (EJA), durante o ensino médio ou após a conclusão da educação básica.
O relatório ressalta que a educação profissional varia significativamente de país para país. No entanto, existem características comuns que contribuem para uma educação profissional de qualidade.
Uma das mais importantes é a integração da aprendizagem baseada no trabalho, o que proporciona várias vantagens, incluindo a aplicação prática das habilidades dos alunos e uma transição mais suave da escola para o mercado de trabalho, conforme destacado pela OCDE.
Embora a educação profissional seja crucial para a transição da escola para o mundo do trabalho, os dados revelam que, em toda a OCDE, menos da metade (44%) dos estudantes do ensino médio estão matriculados em cursos profissionais.
Em alguns países, como a República Tcheca e os Países Baixos, esse percentual ultrapassa dois terços. No entanto, é importante observar que, em muitos países, esses programas profissionais ainda são vistos como uma opção de último recurso.
No caso do Brasil, os números da OCDE mostram que apenas 11% dos jovens com idades entre 15 e 19 anos estão cursando a educação profissional, e o mesmo índice de 11% se aplica à faixa etária de 20 a 24 anos.
Essa taxa de matrícula em cursos profissionais no Brasil é quase seis vezes menor do que a média dos países da OCDE para a faixa etária de 20 a 24 anos.
Leia Também: Livros Que Vão Te Ajudar A Escolher Sua Profissão
As taxas de conclusão do ensino profissional em conjunto com o ensino médio no Brasil são semelhantes à média da OCDE.
No país, 62% dos estudantes concluem o ensino profissional dentro do prazo esperado, enquanto 70% concluem após mais dois anos.
Em média, entre os países da OCDE e outros participantes com dados disponíveis, 62% dos estudantes do ensino profissional concluem os estudos no tempo esperado, e 73% concluem dentro de mais dois anos.
O relatório também destaca que, em média, entre os países da OCDE, 14% dos jovens adultos não concluíram sequer o ensino médio.
Além disso, o Brasil apresenta uma alta taxa de jovens que não estudam e nem trabalham, conhecidos como “nem-nem”.
Em média, nos países da OCDE, 14,7% dos jovens adultos com idades entre 18 e 24 anos não estudam, não trabalham e não estão envolvidos em qualquer forma de formação. No Brasil, esse índice é mais elevado, atingindo 24,4%.
O relatório ressalta que a redução das taxas de “nem-nem” entre os jovens adultos é um desafio importante em todos os países, pois aqueles que se tornam “nem-nem” enfrentam resultados piores no mercado de trabalho mais tarde na vida em comparação com seus pares que permaneceram na educação ou formação nessa faixa etária.
As taxas de “nem-nem” são mais elevadas entre as mulheres no Brasil, onde 30% das mulheres com idades entre 18 e 24 anos estão na categoria “nem-nem”, enquanto 18,8% dos homens estão nessa situação.
As taxas médias de “nem-nem” para jovens de 18 a 24 anos, tanto para mulheres quanto para homens, nos países da OCDE são, respectivamente, de 14% e 15%.
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…