Imagem por @atstockproductions / freepik / editado por Jornal Contábil
A partir de 1º de abril, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos importados sofrerá um aumento significativo, passando para 20%. Essa medida, estabelecida pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), visa equiparar o tratamento tributário das importações aos bens comercializados internamente. O objetivo central é corrigir distorções que, segundo as autoridades, privilegiavam empresas estrangeiras em detrimento da indústria nacional.
O aumento do ICMS, em conjunto com o término da isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50 (introduzido pelo programa Remessa Conforme), resultará em uma carga tributária total de aproximadamente 60% sobre o valor dos produtos importados.
Essa alteração tarifária não apenas aumentará os preços para o consumidor final, mas também impactará significativamente os pequenos empreendedores que dependem da revenda de produtos importados. As margens de lucro desses comerciantes tendem a diminuir, o que pode levar a um aumento nos preços para o consumidor ou até mesmo inviabilizar alguns negócios.
| Valor do Produto (US$) | ICMS Anterior (17%) | ICMS Atual (20%) | Aumento no Preço Final (US$) | Carga Tributária Total Estimada (%) |
|---|---|---|---|---|
| 50 | 10,20 | 12 | 1,80 | 60 |
| 100 | 20,40 | 24 | 3,60 | 60 |
| 200 | 40,80 | 48 | 7,20 | 60 |
Apesar do aumento da carga tributária, especialistas como Rodrigo Giraldelli, CEO da China Gate, argumentam que os importadores formais já estavam sujeitos a altas taxas. A expectativa é que os consumidores se voltem para vendedores brasileiros registrados em plataformas internacionais, que poderão oferecer preços mais competitivos e prazos de entrega mais curtos.
A China Gate, empresa especializada em auxiliar na importação formal, relatou um aumento no número de clientes e no volume de entregas, o que demonstra a capacidade de adaptação do mercado à nova realidade.
Giraldelli defende a importância do comércio exterior para a economia brasileira, destacando a dificuldade de produzir internamente com preços competitivos. Ele enfatiza que as maiores economias globais são aquelas mais abertas ao comércio exterior e que a busca por fornecedores internacionais é fundamental para manter as margens de lucro, especialmente para os pequenos comerciantes.
O governo brasileiro espera que o aumento do ICMS fortaleça a indústria e o varejo nacionais, impulsionando a economia e aumentando a arrecadação de impostos. No entanto, é fundamental acompanhar de perto os impactos dessa medida no consumidor final e nos pequenos empreendedores, buscando um equilíbrio delicado entre a proteção do mercado interno e a garantia de preços acessíveis.
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