Embate sobre o IOF: governo, Congresso e a sombra da inflação Créditos: Freepik
O Governo Federal lançou um novo pacote de medidas para tentar equilibrar as contas públicas, incluindo o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em algumas operações de câmbio.
O IOF é um tributo que incide sobre operações financeiras feitas por bancos e outras instituições, como contratos de câmbio, seguros, circulação de títulos, ouro ou qualquer outro instrumento relacionado ao mercado financeiro.
Em resumo, o imposto é cobrado sobre a movimentação de dinheiro no mercado financeiro e serve como uma ferramenta para regular a economia, conforme previsto na Constituição.
Com as novas medidas, desde 23/05/2025, algumas operações terão aumento nas alíquotas, como:
Segundo o Ministério da Fazenda, essas medidas devem trazer um impacto de menos de R$ 2 bilhões neste ano, dentro de um pacote total que prevê cerca de R$ 54 bilhões em receitas adicionais.
O objetivo principal do aumento das alíquotas é atualizar o imposto e ajudar a equilibrar as contas públicas diante do crescente endividamento do governo, o que influencia diretamente a economia e a inflação.
No entanto, do ponto de vista tributário, essa medida pode acabar sendo um “tiro no pé” se não for acompanhada de um estudo cuidadoso com representantes do setor econômico.
Na década de 1970, o economista Arthur Laffer criou um modelo que explica essa relação, conhecido como “Curva de Laffer”. Ele mostra que aumentar impostos nem sempre leva a mais arrecadação, porque se as alíquotas forem muito altas, as pessoas e empresas podem reduzir o consumo e os investimentos para fugir do custo maior.
Por outro lado, reduzir a carga tributária em setores estratégicos pode incentivar a economia, estimulando negócios, investimentos em tecnologia e geração de empregos. Portanto, é fundamental que o governo encontre um equilíbrio entre aumentar a arrecadação e não prejudicar a economia com alíquotas muito altas.
Esse equilíbrio não é simples de alcançar e exige um estudo multidisciplinar cuidadoso, com a participação direta dos setores afetados pelas mudanças. Além disso, controlar as contas públicas não deve se basear apenas em aumentar impostos, mas também em reduzir gastos internos com a máquina pública, para usar melhor o dinheiro arrecadado.
Thiago Santana Lira – Advogado sócio da Barroso Advogados Associados, especialista em Direito Tributário e Aduaneiro e MBA em Gestão Tributária.
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…