Chamadas
AVC: 1 em cada 5 mulheres sofre acidente vascular cerebral
A dona de casa Adriana Ozório, 47 anos, estava em um momento descontraído de confraternização com a família, quando levantou para passar um café e ficou paralisada diante da pia. A suspeita inicial foi de crise de ansiedade, mas ela foi levada imediatamente para o hospital e recebeu o diagnóstico: AVC isquêmico. Adriana foi então encaminhada direto para o centro cirúrgico e, após três tentativas, a artéria cerebral que tinha um coágulo foi desobstruída.
Nos sete dias de internação, teve que reaprender a falar, segurar objetos, andar. Saiu do hospital com o lado direito parcialmente paralisado e, há pouco mais de um ano, conta com a ajuda de uma equipe formada por fonoaudióloga, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional para recuperar os movimentos perdidos. “Como minha neurologista sempre fala, desse processo ficará apenas a cicatriz da cirurgia, a marca da guerra que travei pela vida e venci”, afirma.
O AVC é hoje em dia a principal causa de morte no Brasil, e a segunda no mundo. E as mulheres são mais propensas a fazer parte dessa estatística devido à variação hormonal sofrida ao longo da vida, com a menstruação, gestação e menopausa. Uma pesquisa americana publicada no American Heart Association indica que todos os anos são registrados 55 mil casos de AVC a mais em mulheres, se comparado aos homens nos Estados Unidos. Isso é o mesmo que dizer que uma em cada cinco mulheres sofrerá acidente cerebral vascular em algum momento da sua vida.
“Homens e mulheres têm os mesmos fatores de risco, mas a exposição a eles é mais nociva para nós”, explica a neurocirurgiã do Hospital Marcelino Champagnat, Luana Gatto. “Como a mulher vive mais, o tempo de exposição a esses fatores é maior. Além disso, as questões ligadas aos hormônios são específicas para elas: o período que envolve a gestação e o pós-parto, o uso de anticoncepcionais e também a terapia de reposição hormonal na menopausa aumentam os riscos de ter AVC.”, complementa.
Os fatores de risco tradicionais para o AVC são a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, doenças cardíacas, colesterol alto, etilismo, obesidade, dieta não saudável, sedentarismo e doença renal crônica. “Nas mulheres, além dessas doenças, destacamos como fator de risco importante a gravidez. As gestantes possuem três vezes mais chances de ter um derrame do que as mulheres não grávidas da mesma idade. Quando a gravidez complica com eclâmpsia ou pré-eclâmpsia, essa condição perigosa de pressão alta durante a gravidez dobra o risco de derrame mais tarde na vida.”, conta a médica.
Sintomas
No momento em que a pessoa está sofrendo um AVC, é comum que alguns sintomas surjam de maneira súbita como paralisia no braço, perna ou rosto – todos em um lado do corpo – , e também, a alteração da sensibilidade ao tato. A dificuldade de se comunicar, pela fala enrolada, linguagem que não sai ou dificuldade em entender o que o outro diz, são mais sinais de alerta. Alteração na visão, dor de cabeça violenta ou na nuca, crise convulsiva, tontura, vertigem e forte perda do equilíbrio também não podem ser descartados. “A pessoa não precisa estar em um momento de estresse ou sobrecarregada para ter esses sintomas. E qualquer suspeita de AVC é essencial procurar ajuda médica o mais rápido possível. Nesses casos, cada minuto conta”, enfatiza a neurocirurgiã.
Prevenção
A prevenção e os cuidados para diminuir os riscos de AVC são os mesmos para homens e mulheres e incluem hábitos saudáveis, como não fumar, não consumir álcool em excesso ou drogas ilícitas, ter uma alimentação sem muitos alimentos processados, manter o peso ideal, tomar bastante água, realizar atividade física e visitar seu médico regularmente.
-
Reforma Tributária4 dias agoReforma: Nota Técnica traz mudanças em relação a locação de imóveis na NFS-e
-
Contabilidade5 dias agoNovo módulo da Receita Federal muda regras para abertura de empresas a partir de dezembro
-
Imposto de Renda4 dias agoReceita paga HOJE lote de restituição do IR com mais de R$ 490 milhões
-
MEI4 dias agoPlano de saúde para MEI em São Paulo: como usar seu CNPJ para pagar menos?
-
INSS4 dias agoVocê conhece o auxílio-acidente e como fazer seu cálculo? Veja aqui!
-
Reforma Tributária5 dias agoO fim da guerra fiscal: por que o mapa competitivo das empresas vai mudar nos próximos anos
-
CLT5 dias agoQuais as consequências na recusa em cumprir aviso prévio?
-
CLT4 dias agoMTE inicia a cobrança das empresas que não estão declarando ou recolhendo as prestações de empréstimo consignado

Receba nossas notícias pelo WhatsApp em primeira mão.