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Brasil está preparado para o teletrabalho em horário alternativo?
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford apontou que o número de pessoas praticando golfe de segunda a sexta-feira na parte da tarde aumentou 83% desde 2019. Os economistas responsáveis pelo estudo acreditam que é reflexo dos “novos” modelos de trabalho contribuindo para que americanos aproveitem o horário comercial para resolver burocracias e apostar em um estilo de vida mais ativo. Mas afinal, no Brasil, a prática de home office em horário alternativo é aceitável? Como o mercado de trabalho enxerga a flexibilidade quanto a cumprimento de horário?
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Em pesquisa recente realizada pelo Infojobs e Grupo TopRH, 85,3% dos participantes afirmam que aceitariam uma proposta de trabalho que tivesse mais dias remotos. Apesar disso, o maior jobsite do país registra apenas 2,7% de vagas desse modelo. Os estados mais adeptos são São Paulo (54,8%), Rio de Janeiro (9,6%) e Rio Grande do Sul (7,9%).
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“O mercado ainda não está totalmente adaptado às mudanças que a sociedade passou nos últimos anos. Oportunidades nem sempre alinhadas aos objetivos e, ouso dizer, necessidades dos talentos, é a prova disso. Mesmo empresas que oferecem o home office por entenderem os benefícios em termos de qualidade de vida ainda sofrem com gestões despreparadas. Sendo assim, os horários alternativos para executar as atividades profissionais ainda não são bem vistos – e as perspectivas disso não são as melhores”, afirma Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH.
A flexibilidade com relação a horários de trabalho e lazer pode contribuir diretamente com a economia local e até incentivar funcionários a serem mais produtivos, segundo os autores da pesquisa de Stanford. E poder escolher o momento ideal de exercer o ofício parece estar funcionando nos Estados Unidos, afinal, um levantamento da Federal Reserve Bank of St. Louis mostrou que a produtividade cresceu no país no segundo semestre de 2022.
“Acredito que algumas profissões permitam essa autonomia, principalmente àquelas que podem ser adaptadas para entregas por demandas. Para outras, como aquelas que envolvem atendimento ao público, o desafio é maior. Nós realizamos um estudo que sinalizou uma percepção dos funcionários com relação ao despreparo da liderança para lidar com o trabalho home office. Isso me leva a crer que, pelo tradicionalismo ainda vivido, a resistência à prática seria enorme”, explica Prado.
A executiva lembrou que, mesmo que as organizações estejam longe de oferecer tamanha autonomia a seus colaboradores, a flexibilidade precisa estar em pauta constantemente. “Vale lembrar que os colaboradores estão priorizando o equilíbrio entre vidas profissional e pessoal, o que já impactou 52% das empresas, conforme um estudo realizado com 220 CEOs de organizações brasileiras. A razão é o aumento das demissões voluntárias, que cresceram 70% nos primeiros meses de 2022. Portanto, para não sofrer com a perda de talentos, o RH precisa estar atento às necessidades individuais e coletivas, que incluem jornadas mais maleáveis”, conclui a CEO do Infojobs.
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