Brasileiros são irresponsáveis com o uso do cartão de crédito
Em 2023, a indústria brasileira de cartões movimentou R$3,73 trilhões, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O volume é 10,1% maior que o observado no ano de 2022. Os cartões de crédito tiveram R$2,4 trilhões em transações, um crescimento de 12,1%.
O uso indevido da forma pagamento faz com que inúmeras famílias brasileiras se endividem, já que conforme o levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 55% dos consumidores não fazem controle dos gastos mensais da linha de crédito.
Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios: “As pessoas vêm utilizando o cartão de crédito para compras do dia a dia e a capacidade de parcelamento levou-as a acreditar que ao dividir uma compra a dívida fica menor, quando na realidade, antecipa as dívidas do próximo mês. A modalidade deve ser evitada e se caso utilizada não realizar o parcelamento, e sim o pagamento à vista para não correr juros”.
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Uma pesquisa realizada pelo Serasa Experian revelou que 52% dos brasileiros possuem três ou mais cartões de crédito. O principal motivo é a possibilidade de somar limites para realizar mais compras. No entanto, segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas, do Serasa, o cartão de crédito seguiu como a principal dívida dos consumidores, com uma taxa de 27,92%.
Para isso, o uso consciente do meio de pagamento se faz necessário para o consumidor ter uma vida financeira saudável e não assuma dívidas excessivas, sendo refém dos juros altos. Pensando nisso, o especialista separou 5 dicas para os brasileiros utilizar a modalidade de forma responsável.
Crie um orçamento: estabeleça um valor para os gastos mensais e certifique-se de que pode pagar o saldo total do cartão a cada mês, evitando juro e encargos adicionais.
Evite o pagamento mínimo: não pague apenas o valor mínimo da fatura, pois resultará em juros acumulados e prolongará o tempo necessário para quitar a dívida. Quite sempre o valor total.
Use com moderação: não exceder o limite de crédito é uma das regras mais importantes para aqueles que usam a forma de pagamento. Ter consciência de gastos e manter um registro de todas as transações realizadas evita compras impulsivas e desnecessárias.
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Monitore as taxas: familiarize-se com as taxas associadas ao seu cartão de crédito, como taxa de anuidade, taxa de atraso e taxa de saque em dinheiro, e evite-as sempre que possível.
Esteja preparado para emergências: utilize o meio de pagamento como uma ferramenta de segurança financeira em caso emergencial, mas evite depender dele como fonte principal de financiamento.
“É necessário que a consciência financeira seja cada vez mais incentivada. Mapear a renda total, separar as despesas fixas no seu orçamento, esquematizar as despesas variáveis e organizar as dívidas, são alguns passos para evitar que o consumidor brasileiro não entre no vermelho por conta das modalidades de pagamentos disponíveis”, finaliza.
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