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Chocolates Pan pede falência. Dívida é de R$ 260 milhões
Nesta segunda-feira (13), a administradora judicial da Pan Produtos Alimentícios Nacionais S.A., deu entrada com o pedido de troca de recuperação judicial para falência, na 1ª RAJ (Região Administrativa Judiciária), no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
A empresa estava em recuperação judicial desde março de 2021. De acordo com a companhia, o motivo para o pedido é a “insuficiência de caixa e a impossibilidade de regularização do passivo, fato que compromete, irremediavelmente, seu soerguimento”.
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Dívida acumulada
O documento afirma que a dívida acumulada pela Pan é de cerca de R$ 260 milhões. Atualmente, 52 funcionários continuam trabalhando na empresa.
Também foi informado que “há mais de 20 anos a RECUPERANDA [Pan] não paga seus impostos regularmente, conduta que já foi considerada em outras oportunidades como fraudulenta e contumaz”.
Segundo a administradora, a Pan vem acumulando dívidas tributárias desde 2001 (há mais de 20 anos).
O juiz deu prazo de 48 horas para manifestação do administrador judicial, Fabio Rodrigues Garcia, e o Ministério Público se manifestarem.
A empresa para não encerrar suas atividades pediu a autofalência. A autofalência nada mais é do que a insolvência admitida pelo próprio devedor seja ele empresário ou sociedade empresária.
Na verdade, existe uma diferença nesse pedido, pois ele não partiu do credor, mas sim da devedora (Pan), que está admitindo não ter condições de pagar suas dívidas.
De acordo com informações, o desejo é que a marca seja vendida e possa continuar no mercado.
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Chocolates Pan
A fábrica de chocolates e doces Pan foi fundada em 1935 por Aldo Aliberti e seu cunhado Oswaldo Falchero, em São Caetano do Sul. Marca ficou conhecida pelos seus “cigarinhos de chocolates” que eram vendidos em um caixa estampando um menino branco e outro negro. Atualmente os cigarrinhos de chocolate são vendidos como rolinhos de chocolates, para evitar que as crianças fossem induzidas ao tabagismo.
Quando Oswaldo Falchero morreu em 2005, a empresa passou a ser dirigida por suas filhas e genros.
Os produtos mais característicos e conhecidos da fábrica, atualmente, são os confeitos para bolos, e miudezas como moedas, guarda-chuvas e outros objetos de chocolate.
Naquela época, as balas eram fabricadas em tachos e o “ponto” era conseguido por confeiteiros; o formato era dado através de prensas e embrulhadas a mão, uma a uma.
Os primeiros produtos fabricados pela PAN foram o Cigarrinho de chocolate, Bala Paulistinha (inspirada na Revolução Constitucionalista de 1932), Barras de Chocolate em formato de quadrado, peixe e charuto e fabricadas com uma massa de chocolate pouco refinada e embrulhados em papel alumínio, o que era comum na época.
Nos anos 1970, a PAN se desenvolveu mais, se automatizando, ampliando a sua linha de produtos e se fortalecendo no mercado.
Os seus produtos atuais mais vendidos são: Pão-de-Mel (lançado em 1945), Granulado para doces e bolos, Moedas de chocolate ao leite, bombons e bala de goma.
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