Combustíveis sofrem reajustes e Câmara vota pelo ICMS congelado

Mais um reajuste nos combustíveis a partir desta sexta-feira, dia 11, provocou uma corrida dos motoristas aos postos de gasolina a fim de abastecer seus tanques. Em diversas cidades de vários estados brasileiros o que se via eram longas filas de espera.

O objetivo dos consumidores era encher o tanque antes que o novo preço entrasse em vigor. No entanto, muitos motoristas relataram que os reajustes nas bombas já tinham acontecido, o que levou o Procon a fiscalizar os postos e a pedir que os consumidores denunciassem os locais que praticaram reajustes antecipados.

Após 57 dias a Petrobras fará ajustes nos preços de gasolina e diesel nas refinarias, ou seja, para as distribuidoras a partir de hoje, dia 11 de março. No caso da gasolina, a alta será de 18,77%, fazendo o preço mais que dobrar em pouco mais de um ano. O GLP também sobe, após 152 dias.

O preço médio de venda da Petrobras nas refinarias ficou assim:

  • Gasolina: passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, avanço de 18,77%.
  • Diesel: passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, avanço de 24,9%.
  • GLP: passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13 kg, alta de 16,06%.

ICMS dos combustíveis congelado por um ano

Tentando conter a alta dos combustíveis, na tarde de ontem, dia 10, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que altera a tributação do ICMS dos estados.

A proposta prevê uma alíquota fixa de ICMS a ser praticada por estados. A medida visa reduzir os preços dos combustíveis nas bombas em meio à pressão em cima do preço do barril de petróleo no mercado internacional provocado pela guerra entre Rússia e Ucrânia. 

A alíquota será definida em acordo com os estados, sendo que o imposto não poderá ser reajustado em 12 meses. Após esse prazo, o índice poderá ser alterado a cada seis meses. Para reduções, no entanto, há liberação para ser feita a qualquer momento.

O projeto determina uma fixação de alíquota pelos próximos 12 meses no diesel. O índice não poderá ultrapassar a média praticada nos últimos dois anos. Governadores se pronunciaram contra a proposta, pois acreditam que haverá forte queda na arrecadação. 

O texto agora  segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL). Este, por sua vez,  afirmou durante sua live semanal nas redes sociais, que pretende sancionar imediatamente o Projeto de Lei Complementar (PLP) que altera a forma de cobrança do ICMS dos combustíveis.

Ana Luzia Rodrigues

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

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