Comissão do Senado aprova PEC da Transição

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição chamada PEC da Transição, nesta terça-feira (6). A medida tem como intenção garantir os recursos para os programas sociais no Orçamento da União de 2023, como continuar pagando o valor de R$ 600 ao Auxílio Brasil, que a partir do ano que vem volta a chamar Bolsa Família. Outro objetivo, é que o salário mínimo possa ter um aumento com ganho real a partir de janeiro.

Também ficou acertado numa reunião que aconteceu na segunda-feira (5), na residência oficial da Câmara dos Deputados, o relatório que reduz o prazo de exceção do Bolsa Família ao teto de gastos que antes estava previsto para quatro anos e agora ficou decidido que será apenas em dois anos. 

Desta forma, ficou definido que serão destinados R$ 175 bilhões para pagamento do Bolsa Família, no valor de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até seis anos em 2023, além de recursos para ampliar investimentos. Se não houver mudanças, a PEC será votada nesta quarta-feira (7) no plenário da Casa. 

Leia Também: Caixa diz que 441 mil trabalhadores ainda não sacaram o PIS 2020

Exclusão do teto de gastos

De acordo com o texto, fica excluído do teto de gastos despesas para execução direta de obras e serviços de engenharia. “Isso permitirá a realização de obras pelos batalhões de engenharia de construções do Exército em convênios com estados e municípios”, disse o relator da PEC, senador Alexandre Silveira (PSD-MG).

Segundo a Agência Brasil, os principais pontos de divergência, segundo o senador Jaques Wagner (PT-BA), estariam no prazo da PEC, na data de envio do novo marco fiscal e na redução do impacto da proposta em R$ 30 bilhões. 

Parte dos senadores sugeriu que a expansão dos gastos para o pagamento valesse apenas por um ano. Eles também cobraram que a proposta de um novo marco fiscal para substituir o teto de gastos seja encaminhada em um prazo de seis meses após o início do novo governo. Inicialmente, o prazo seria de um ano, mas foi reduzido após acordo.

Leia Também: Marketing Contábil pelo Whatsapp: Use essa estratégia simples e eficiente para comercializar seus serviços 

A sessão foi muito longa, ainda mais com as divergências que aconteceram, entre elas, a base atual do governo Jair Bolsonaro no Senado, queria um tempo maior para discutir a questão. Eles desejavam que fosse realizada uma audiência pública para debater o tema. Na prática, essa audiência pública apenas postergaria a data da votação da PEC tanto na CCJ quanto no plenário do Senado. 

Um requerimento de realização de audiência pública foi votado na comissão, mas foi rejeitado.

Jorge Roberto Wrigt

Recent Posts

Novas regras do BPC: governo detalha cálculo, deduções e conversão para auxílio-inclusão

Novas regras do BPC ampliam o cálculo da renda para incluir ganhos não formais e…

21 horas ago

Na prática: tudo o que você precisa saber sobre PIS e COFINS na tributação monofásica!

A tributação monofásica do PIS e da COFINS já está presente no dia a dia…

1 dia ago

Publicada nova versão do Manual da e-Financeira v2.5

Entenda as principais mudanças que ocorrem com essa nova versão

1 dia ago

Atenção! Dirbi e PGDAS com prazo de envio até segunda-feira (20)

O atraso ou a falta de entrega das obrigações acessórias podem gerar diversas consequências negativas…

1 dia ago

BNDES vai liberar R$ 12 bi para produtores rurais com perdas de safra

Linha de crédito de longo prazo é direcionada a agricultores atingidos por calamidades climáticas entre…

1 dia ago

4 bancos estão suspensos pelo INSS e não podem oferecer consignado

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito na qual o valor das parcelas é…

1 dia ago