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Como ajudar empresas a enxergarem a inovação dentro de casa?

Muitas empresas têm dificuldades em tangibilizar ideias e, mais do que isso, dificuldade de aproximar o setor de pesquisa da área de negócios da empresa. São comuns as dúvidas sobre como tornar as pesquisas investidas pela empresa comercialmente viáveis, ou como fazer com que enxerguem o valor da pesquisa para o negócio.

Grandes empresas contam com centros de tecnologia e pesquisa dentro delas, mas, muitas vezes, o material pesquisado é bastante teórico, ou específico, como a descoberta de um novo componente químico. Isso, somado a um número considerável de pesquisas acontecendo ao mesmo tempo. Mas, como agregar valor ao negócio e linkar as áreas de pesquisa e negócio com um estudo tão técnico?

O trabalho de um especialista em Experiência do Usuário deve acontecer neste momento, para ajudar as empresas a se organizarem e enxergarem a inovação que está aguardando para ser lançada. Esse profissional tem a expertise necessária para clarear as ideias e fomentar a criatividade entre os colaboradores. Por meio da criatividade, é possível transformar situações e inovar, até mesmo no modo de agir frente aos desafios. A criatividade, inovação e empreendedorismo andam lado a lado. Antes que se tenha inovação, é necessário ser criativo e, para criar, é preciso empreender.

Criatividade pode ser ensinada, e existem técnicas que servem como gatilho para ajudar as pessoas a serem mais criativas. Muito mais do que elencar as técnicas a serem utilizadas, vamos pensar nas diferentes formas como as pessoas pensam e agem perante a situações adversas.

Algumas empresas, muitas vezes sem a intenção, impõem a cultura do “medo de errar” e, consequentemente, fazem com que seus colaboradores tenham receio de arriscar, o que resulta em perda de confiança. No final do ano, a Apple publicou um vídeo incentivando as pessoas a compartilharem suas ideias, sem medo do julgamento. Com a liberdade de criação, inúmeras habilidades podem ser descobertas, soft e hard skills presentes nas equipes de diferentes áreas.

Existem vários tipos de habilidades, e isso faz com que as pessoas aprendam e entendam de forma diferente. Howard Gardner destaca 8 tipos de inteligências múltiplas: lógico-matemática, espacial, verbo-linguística, interpessoal, intrapessoal, naturalista, cinestésica e musical. Esse conjunto de habilidades serve para entender as combinações e relações lógicas que os seres humanos fazem para aprender e relacionar as coisas. E ajuda a saber como trabalhar a expertise de cada uma dessas pessoas, exercitando diferentes formas do pensamento e desenvolvendo múltiplas habilidades que ajudam na solução de problemas diversos. Trabalhar e exercitar essas diferentes formas ajuda as pessoas a pensarem e entenderem de forma diferente, o que auxilia na hora de ser criativo.

Estimular a criatividade faz com que as pessoas sejam mais inovadoras e empreendedoras. Para ser empreendedor, é preciso ser constantemente criativo nos negócios. É necessário estar sempre se reinventando e criando novas soluções, estando à frente da curva, vendo e prevendo os cenários.

Para ajudar as empresas a solucionarem problemas de forma criativa, os profissionais de UX fazem uso de ferramentas do Design Thinking como forma de resolver problemas e desenvolver produtos e projetos baseados no pensamento dos designers. Usando pesquisas, brainstorms, seleção de ideias e prototipagem, para chegar a uma solução eficaz, por diferentes perspectivas, colocando sempre os clientes no centro das decisões e envolvendo-os em todo o processo, desde o entendimento até a entrega das soluções.

O uso do Design Thinking como um meio estruturado para combinar imaginação, conhecimento e experiências na geração de ideias inovadoras tem resultados efetivos para o mercado. É possível enxergar o sucesso em diferentes pontos:

  • Melhorias incrementais e radicais no desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços;
  • Melhorias na qualidade da comunicação e efetividade nos negócios;
  • Melhorias para problemas recorrentes, muitas vezes aparentes em SACs relatados pelos clientes;
  • Melhorias em experiência de um produto como um todo, desde o seu lançamento até a gestão do mesmo.

Essas técnicas têm ajudado uma variedade de setores como indústrias, mercados financeiros, comércios, governos, educação, entretenimentos, entre muitos outros. Se identificou com algum tópico do que foi dito? É um ótimo momento para escutar e aplicar as dicas de um profissional de UX.

*Débora Costa, UX Leader at ilegra, empresa global de negócios e tecnologia.

Wanessa

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