Como se preparar para o split payment em 3 passos (antes que ele impacte o caixa do seu negócio)
A partir de 2027, uma mudança importante na forma de pagar impostos deve começar a valer no Brasil. O nome técnico é split payment, mas o impacto é direto: sua empresa vai passar a receber menos dinheiro a cada venda.
Isso porque, com o novo modelo, o valor dos impostos será automaticamente descontado do pagamento, antes mesmo de cair na sua conta. Ou seja: em vez de receber o valor total e depois pagar os tributos no fim do mês, como acontece hoje, a Receita já vai ficar com a parte dela na hora da venda, direto pelo sistema de pagamento (Pix, cartão, boleto etc.).
Esse sistema faz parte da Reforma Tributária e começará a ser implantado de forma opcional e gradual em 2027, primeiro nas vendas entre empresas (modelo B2B). Mas a expectativa é que ele se expanda com o tempo para todo o mercado.
Agora, o ponto-chave:
Como isso afeta seu negócio? E o que você pode fazer desde já para se adaptar com tranquilidade?
Abaixo, reunimos 3 passos práticos para você se preparar com antecedência e proteger a saúde financeira da sua empresa nesse novo cenário.
O split payment muda totalmente o fluxo do dinheiro na empresa. E isso exige planejamento tributário e financeiro desde já, mesmo que a mudança só comece em 2027.
Converse com seu contador ainda em 2025 sobre:
O ideal é simular cenários realistas para o ano de 2027, como se o split payment já estivesse valendo. Isso ajuda a prever possíveis apertos de caixa, identificar gargalos e tomar decisões com tempo.
Mas vale lembrar: as mudanças da Reforma Tributária começam antes. Já em 2026, entra em cena uma nova forma de cobrar impostos sobre produtos e serviços, que vai substituir tributos antigos e mudar a lógica de apuração.
A partir daí, até 2032, o sistema tributário brasileiro vai passar por uma série de ajustes — e cada ano trará impactos diferentes na forma como sua empresa paga e calcula impostos.
Ou seja: o split payment, previsto para começar em 2027, é só uma parte da mudança. Quem começar a se organizar ainda em 2025, com apoio da contabilidade, terá mais tempo para ajustar o caixa, os contratos e os processos com segurança.
Além disso, pode ser estratégico avaliar se vale a pena adotar o split payment desde o início, mesmo sendo opcional. Dependendo do seu modelo de negócio, isso pode gerar mais segurança para os clientes e fortalecer o relacionamento com outras empresas.
Nesse contexto, contar com o apoio de uma contabilidade experiente faz diferença. A Pigatti, com 68 anos de atuação, tem acompanhado de perto essa fase de preparação e apoiado empresas na construção de cenários, ajustes financeiros e decisões estratégicas para uma transição fiscal segura. Clique aqui para saber mais sobre a consultoria contábil da Pigatti.
Buscar esse tipo de orientação técnica qualificada é o caminho mais seguro para atravessar a transição com controle e confiança.
Se hoje sua empresa já sente no dia a dia o desafio de manter o caixa saudável, imagine o impacto quando parte do dinheiro das vendas passar a ir direto para o Fisco. Esse é um ponto crítico da mudança.
Algumas ações que você pode tomar agora:
• Crie uma reserva de segurança
Use os lucros de 2025 e 2026 para fortalecer seu caixa. Isso vai funcionar como um colchão financeiro para lidar com a redução imediata de entrada de dinheiro em 2027.
• Renegocie prazos com fornecedores e clientes
Tente alongar os prazos para pagar fornecedores e, se possível, reduzir os prazos para receber dos clientes. Isso ajuda a equilibrar o fluxo de caixa no novo cenário.
• Reavalie preços e contratos
Veja se os preços que você pratica hoje vão continuar viáveis quando o imposto for descontado na fonte. Pode ser necessário ajustar contratos, margens e até estratégias de precificação.
Essa etapa é especialmente importante para empresas de serviços, que costumam ter margens mais apertadas e dependem muito do capital de giro. Para esses negócios, qualquer perda de liquidez pode afetar diretamente o dia a dia operacional.
O segredo é se antecipar: rever números, realinhar contratos e preparar o caixa com antecedência.
Além do planejamento financeiro, sua empresa também vai precisar de estrutura para lidar com o novo modelo na prática.
Veja como se preparar:
• Verifique seus sistemas de gestão
Seu ERP ou software financeiro precisa estar pronto para interagir com o sistema de pagamento que vai reter os impostos automaticamente. Isso inclui configurar a nota fiscal corretamente e garantir que o valor do imposto seja repassado de forma transparente.
• Treine sua equipe
O time financeiro, de faturamento e de TI precisa estar familiarizado com os novos fluxos desde cedo. Isso inclui entender como funcionam os repasses automáticos, o que muda na emissão de notas e como se adaptar aos novos sistemas. O ideal é começar esse preparo já em 2025, para que todos estejam prontos quando os testes começarem. Quanto mais cedo o treinamento, mais tranquila será a adaptação no dia a dia.
• Tenha um contador e, se possível, apoio jurídico ao lado
As regras do split payment serão novas para todo o mercado. E interpretá-las sozinho pode trazer riscos. Uma assessoria contábil e jurídica especializada pode evitar erros, garantir que sua empresa esteja em dia com as obrigações e até encontrar oportunidades dentro da nova sistemática.
Um bom contador vai além de calcular impostos – ele te ajuda a tomar decisões estratégicas com mais segurança.
O split payment é uma mudança pensada para aumentar a arrecadação e reduzir a sonegação. Mas, para o empresário, ele muda o jogo do fluxo de caixa. E ignorar isso pode comprometer a operação.
Por outro lado, quem usar os anos de 2025 e 2026 como fase de transição consciente, com ajustes graduais, vai chegar em 2027 muito mais preparado para crescer num ambiente tributário mais rígido.Então, nosso conselho é:
Planeje o financeiro. Ajuste processos. Fortaleça o caixa. E, acima de tudo, conte com orientação técnica confiável.
Essa é a melhor forma de transformar a transição fiscal em uma oportunidade de organização e crescimento — e não em um risco para o seu negócio.
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