O abono salarial PIS/PASEP, benefício anual concedido a milhões de trabalhadores brasileiros, está prestes a passar por mudanças significativas. Neste ano de 2025, o governo está propondo novas regras que afetam diretamente quem pode receber o benefício e como ele será calculado.
O Ministério da Fazenda, liderado pelo ministro Fernando Haddad, propôs uma série de alterações no programa do abono salarial. Essas mudanças visam ajustar o teto de remuneração mensal dos beneficiários e modificar a forma como o valor do benefício é atualizado ao longo do tempo.
Atualmente, o abono salarial é concedido a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos mensais. No entanto, a nova proposta estabelece um limite fixo de R$ 2.640, independentemente do valor do salário mínimo. Essa mudança representa uma redução significativa no número de trabalhadores que vão poder ter acesso ao benefício.
Outra alteração importante diz respeito à forma como o valor limite será atualizado nos próximos anos. Em vez de seguir o aumento do salário mínimo, o novo teto será corrigido anualmente com base na inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
As mudanças no abono salarial PIS/Pasep não serão implementadas de uma só vez. O governo federal estabeleceu um cronograma gradual de ajustes, que se estenderá até 2035.
Veja como esse processo ocorrerá:
As novas regras do abono salarial PIS/PASEP terão consequências diretas para milhões de trabalhadores brasileiros.
Com a implementação do novo teto de R$ 2.640, milhares de trabalhadores que atualmente recebem o abono deixarão de ser elegíveis. Estima-se que aqueles com renda entre R$ 2.641 e R$ 2.824 perderão o direito ao benefício a partir de 2025.
A alteração na forma de atualização do valor limite, passando a ser baseada na inflação em vez do salário mínimo, pode resultar em uma defasagem gradual do benefício em relação aos rendimentos dos trabalhadores.
Para muitos trabalhadores, o abono salarial representa uma importante complementação de renda anual. A perda desse benefício pode afetar significativamente o planejamento financeiro de famílias que contavam com esse recurso extra.
As alterações propostas no programa do abono salarial PIS/PASEP fazem parte de um conjunto mais amplo de medidas fiscais do governo federal. Os principais objetivos declarados são:
Segundo o ministro Fernando Haddad, essas medidas visam “corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional”.
Cerca de 25,8 milhões de trabalhadores devem receber o PIS-Pasep neste ano, segundo o Ministério do Trabalho. Para isso, serão disponibilizados aproximadamente R$ 30,7 bilhões.
Os pagamentos vão iniciar em 17 de fevereiro para os beneficiários nascidos em janeiro, e os valores ficarão disponíveis para saque até o encerramento do calendário, em 29 de dezembro. Veja o calendário do PIS-Pasep.
Nascidos em: | Recebem a partir de: |
Janeiro | 17 de fevereiro |
Fevereiro | 17 de março |
Março | 15 de abril |
Abril | 15 de abril |
Maio | 15 de maio |
Junho | 15 de maio |
Julho | 16 de junho |
Agosto | 16 de junho |
Setembro | 15 de julho |
Outubro | 15 de julho |
Novembro | 15 de agosto |
Dezembro | 15 de agosto |
O valor do abono salarial é sempre calculado com base no salário mínimo vigente (e vai continuar sendo após as novas regras do pacote fiscal).
Como o salário mínimo foi definido em R$ 1.518 em 2025, o valor do benefício irá variar de R$ 126,50 a R$ 1.518, dependendo da quantidade de meses trabalhados no ano-base 2023.
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