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Contadora cria cargos fantasmas para fraudar FGTS
“Foi um transtorno muito grande. Eu me senti roubada, passada para trás”, foi com essas palavras que Ariany Dias, gestora de uma escola infantil, definiu o sentimento ao descobrir que tinha caído em um golpe. Ela e outros três empresários de Francisco Sá, no Norte de Minas, contrataram uma técnica de contabilidade, mas, segundo a Polícia Civil, a mulher fraudava documentos das empresas e empregava ‘funcionários fantasmas’ para recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e depois receber o seguro-desemprego. Cecília Dias Cardoso, de 43 anos, teve a prisão preventiva decretada na manhã desta sexta-feira (16). A mulher era investigada há seis meses.
Segundo a delegada de Polícia Civil, Maria Angélica Fernandes Almeida, a técnica em contabilidade registrava os familiares como funcionários das empresas. “Ela recolhia os recursos do FGTS em nome dos parentes e deixava de recolher para os verdadeiros funcionários. Posteriormente, dava baixa nas carteiras e se apropriava do dinheiro”, explica.
A Polícia Civil começou a investigar o caso depois que uma professora da escola infantil em que Ariany Dias administra pediu demissão. Ao consultar o FGTS, a ex-funcionária descobriu que não havia nenhuma quantia depositada. A responsável pela instituição fez um boletim de ocorrência.
“A contadora também se registrou como funcionária da escola e passava a guia de recolhimento com o número do NIS adulterado, e fraudava assinaturas. Os documentos estavam sendo modificados desde o ano de 2003 e os funcionários ficaram sem receber o FGTS”, esclarece Ariany Dias.
Segundo a PC, a estelionatária preenchia até a própria carteira de trabalho como se fosse funcionária das empresas e, posteriormente, dava baixa para receber o recurso. Os salários estipulados por ela variavam de R$ 700 a R$ 1.350.
Ela foi encaminhada ao presídio de Montes Claros (MG). A polícia ainda não calculou o prejuízo causado por ela e vai investigar o envolvimento dos familiares na fraude. Na casa de Cecília Dias Cardoso foram apreendidos um computador, dois HDs, pen drives, CDs e documentos das vítimas.
Funcionários fantasmas
Em 2010, seu José Adelicio realizou um desejo antigo: abriu uma pequena oficina mecânica e contratou apenas dois funcionários. Mas em julho deste ano ele teve uma surpresa ruim. “Recebi uma notificação do Ministério do Trabalho no valor de R$ 22.321 pelo não recolhimento do FGTS de quinze funcionários que estavam registrados na minha empresa”, diz. Na lista, segundo ele, constava o nome da contadora, do cunhado e até do irmão dela.
Ele disse que confiava na mulher e nunca desconfiou que pudesse estar sendo vítima de um golpe. “Fiquei até com medo de entrar em uma depressão, agora estou com uma dívida grande”.(Com G1-Globo)
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