Contadores vão perder muitos clientes com a Isenção do IR de até R$ 5 mil, o que fazer?

Na semana passada foi anunciado pelo Ministério da Fazenda a isenção do Imposto de Renda (IR) de até R$ 5 mil, com isso, contadores de todo o Brasil podem perder um número significativo de clientes.

Serão milhões de potenciais clientes que podem desaparecer com a nova faixa de isenção do Imposto de Renda, caso ela seja aprovada. É um motivo para todo contador ligar o sinal de alerta e começar a se planejar.

Realizamos uma pesquisa para tentar exemplificar como a quantidade de clientes podem sumir dos escritórios contábeis.

Números

Segundo o balanço final do Imposto de Renda de 2024, divulgado pela Receita Federal, este ano mais de 42 milhões de contribuintes enviaram a declaração do Imposto de Renda, um número recorde, mas que deve reduzir drasticamente nos próximos anos com a aprovação da nova faixa de isenção.

Segundo a Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal, se o projeto de isenção do Imposto de Renda de até R$ 5 mil for aprovado, 36 milhões de contribuintes ficarão isentos.

Com base no número de contribuintes que enviaram a declaração do IR esse ano, a isenção desses contribuintes pode significar uma redução de mais de 85% no envio das declarações do Imposto de Renda.

A isenção do IR de até R$ 5 mil diminuirá o número de clientes dos contadores? O que fazer?

A resposta é lógica e simples: sim. Os escritórios de contabilidade devem perder um número significativo de clientes, caso a nova faixa de isenção de até R$ 5 mil reais seja aprovada e comece a valer.

A intenção do governo é que o projeto entre em vigor a partir de 2026, o que reduziria o número de clientes dos contadores drasticamente, mas é possível compensar em outras áreas. Ainda não se sabe se o projeto realmente será aprovado,

Muitos contribuintes que ganham mais de R$ 50 mil por mês vão passar a procurar os escritórios de contabilidade para realizar um planejamento tributário, a quantidade de clientes não será a mesma (com certeza não), mas o valor do serviço pode compensar.

Matheus Vinicius Ribeiro

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