Designed by kan_chana / shutterstock
Qualquer empreendedor deve zelar por uma boa gestão empresarial para manter seu negócio ativo. Quando se fala no MEI, essa gestão é ainda mais importante.
De acordo com o DataSebrae, em 2019, 76% dos microempreendedores tinham na atividade a única fonte de renda.
28% deles eram responsáveis pela renda de toda a família. Ou seja, quem é MEI no Brasil não pode se dar ao luxo de perder dinheiro.
Em contraponto, no mesmo levantamento, o Sebrae identificou que a principal lacuna nesse público é justamente o controle financeiro de seus negócios.
É aí que entra o fluxo de caixa, uma ferramenta básica e viável para controlar as entradas e saídas de uma maneira que não haja surpresas em seus negócios.
O fluxo de caixa é uma ferramenta para planejamento e controle financeiro de empresas de todos os portes e segmentos.
Nele se registram todas as movimentações do negócio, bem como a razão pela qual elas ocorreram.
Com informações sobre recebimento de clientes, juros de investimentos e outras entradas, além de saídas, como pagamentos, compras e despesas, é possível fazer uma correta avaliação da saúde financeira da empresa.
Essa avaliação é muito importante para que o microempreendedor possa prever o que esperar para os próximos dias, meses ou anos e tomar decisões estratégicas conforme a situação.
Também é um dado precioso para quem está buscando um sócio ou um investidor, que olhará o fluxo de caixa para entender como anda o negócio em questão.
Todas as empresas deveriam implementar o fluxo de caixa, independente de seu tamanho.
O microempresário, principalmente aqueles que têm no MEI sua única fonte de renda, não pode cometer deslizes financeiros.
Portanto, saber se está obtendo lucro ou prejuízo é ainda mais importante.
Caso você ainda não adote em seu microempreendimento o fluxo de caixa, aqui vão algumas dicas para iniciar este controle financeiro:
Este é o bê-á-bá do fluxo de caixa: registrar todas as entradas e saídas de capital que o seu negócio tem.
Neste controle, devem constar:
Saídas | Entradas |
Fornecedores | Vendas à vista |
Salários, férias, benefícios e rescisão | Vendas a prazo |
Serviços de telefonia e Internet | Aporte de capital |
Água e luz | Rendimento de aplicações |
Aluguel | |
Tributos | |
Serviços bancários | |
Publicidade/marketing | |
Despesas gerais |
Os registros de entrada e saída devem ser adaptados para o seu negócio. Por exemplo, se o empreendedor está quitando um empréstimo, é importante que a despesa conste nas saídas.
Categorizar os registros é um ponto importante para facilitar a análise e interpretação dos relatórios de fluxo de caixa.
A categorização também vai depender das atividades da empresa e das suas preferências pessoais na hora de se organizar, mas, de forma geral, algumas opções de categorização são:
Evite usar categorias genéricas, como “outras despesas”, para facilitar a prestação de contas e o planejamento orçamentário
Quando você sabe em quais áreas os recursos estão sendo mais utilizados, dá para traçar estratégias para cortar despesas desnecessárias e maximizar as receitas.
A rotina corrida acaba fazendo com que os empreendedores deixem para lá a atualização diária do fluxo de caixa.
Este é um péssimo hábito, pois, na maioria das vezes as entradas e saídas acontecem todos os dias.
Para que o fluxo de caixa seja preciso e servir como base para decisões mais confiáveis, ele deve ser atualizado diariamente.
Além disso, é importante que seja possível ter não só um panorama diário, mas também semanal, mensal, trimestral, semestral e anual das atividades.
Há muitos anos atrás, usava-se o livro-caixa, em papel, para realizar o controle do fluxo de caixa.
Graças a evolução tecnológica, hoje já contamos com elaborados softwares que ajudam a realizar uma análise aprofundada do caixa da empresa e gerenciar o capital movimentado em um determinado período.
Para microempreendedor que não quer gastar com um software no momento, a alternativa é usar uma planilha, que ele pode automatizar e ir preenchendo os dados.
Este é um dos erros mais comuns de ocorrer nas empresas na hora de preencher o fluxo de caixa. Por isso, lance as vendas de acordo com a forma de pagamento acordada com o cliente.
Se uma venda foi parcelada em 5 vezes, a primeira parcela só começará a ser paga pelo cliente após 30 dias. Ou seja, no presente, este dinheiro ainda não está disponível para o empreendedor.
Evite gastar o dinheiro antes que ele entre. Existem alguns riscos, como o cliente atrasar o pagamento, o banco entrar em greve ou algum outro imprevisto que, na pior das hipóteses, deixará o seu caixa negativo.
Caso precise mesmo um empréstimo pode ser uma saída. Mas, sempre é preciso cuidado para não se perder nas contas do planejamento financeiro.
Outro erro muito frequente, principalmente entre os iniciantes, é misturar as contas.
Embora muitos MEIs atuem sozinhos, é preciso entender que o caixa da empresa é diferente da sua conta bancária.
Ele não está ali para que você faça retiradas sempre que precisar de dinheiro para a sua vida pessoal, colocando em risco a saúde financeira do seu negócio.
A solução é estabelecer um valor fixo para o seu pró-labore e incluí-lo no fluxo de caixa.
Um dos mais relevantes usos do fluxo de caixa é para fazer projeções de resultados.
Assim, você antecipa como estará a situação financeira da empresa em determinado período no futuro e pode avaliar se terá prejuízo, se precisará de um empréstimo, se precisará renegociar valores com os fornecedores ou, ainda, se terá que aumentar o preço para o consumidor.
A projeção permite que você faça planos para o seu negócio, como, por exemplo, entender daqui a quanto tempo conseguirá comprar um equipamento.
E ainda, ela auxilia na compreensão da sazonalidade, para que você possa fazer uma reserva para os períodos críticos.
Dica Extra do Jornal Contábil: MEI saiba tudo o que é preciso para gerenciar seu próprio negócio. Se você buscar iniciar como MEI de maneira correta, estar legalizado e em dia com o governo, além de fazer tudo o que é necessário para o desenvolvimento da sua empresa, nós podemos ajudar.
Já imaginou economizar de R$ 50 a R$ 300 todos os meses com toda burocracia, risco de inadimplência e ainda ter a certeza que está fazendo suas declarações e obrigações de forma correta.
E o melhor é que você pode aprender tudo isso em apenas um final de semana. Uma alternativa rápida e eficaz é o curso MEI na prática.
Trata-se de um curso rápido, porém completo e detalhado com tudo que um MEI precisa saber para ser autônomo e nunca mais passar por dificuldades ao gerir o seu negócio.
Quer saber mais? Clique aqui e mantenha sua empresa MEI em dia!
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…