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Dados genômicos podem acelerar a inovação, diz KPMG

O enorme potencial que o genoma humano tem de remodelar a descoberta de medicamentos pode estar em risco se o setor de saúde não gerenciar os dados genômicos de forma efetiva. Além disso, as empresas do setor estão enfrentando uma pressão cada vez maior para atender às rígidas regulamentações e confirmar os resultados de estudos e tratamentos. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Gerando valor genômico nas ciências da vida” (Driving value from genomics in life sciences), em inglês, conduzida pela KPMG.

“Os dados genômicos são uma ferramenta vital para fazer com que o setor de saúde deixe de ser conhecido pelos medicamentos e comece a atuar em nichos estratégicos para liderar a medicina personalizada. Isso pode acelerar estudos clínicos, melhorar resultados obtidos com pacientes e reduzir custos. No entanto, com tantos dados em circulação, as empresas poderão encontrar dificuldades para mantê-los privados, seguros e confiáveis”, afirma Ricardo Pascoal, sócio-líder de Ciências da Vida da KPMG no Brasil.

Para acelerar a inovação, as equipes de pesquisa devem lidar melhor com desafios comerciais, regulatórios, tecnológicos e éticos decorrentes da introdução rápida de novos produtos no mercado. Nesse sentido, a KPMG identificou cinco pilares de uma estratégia robusta de dados genômicos: sequenciamento e análise padronizados; entendimento das exigências de privacidade regulatórias; segurança para evitar violações e apropriação indevida de propriedade intelectual; armazenamento e transferência de dados de forma rápida e segura; aproveitamento máximo das tecnologias analíticas.

Inovações revolucionárias impulsionam o desenvolvimento de novos medicamentos. As empresas do setor não podem percorrer essa jornada sozinhas, o que torna cada vez mais necessário o trabalho colaborativo com biobancos, analistas genéticos, laboratórios, hospitais, serviços de testes genéticos, governos e instituições acadêmicas.

Para liderar esse processo, as empresas do setor precisam ter uma estratégia de dados robusta que atue como apoio para a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos, atendendo aos regulamentos rigorosos e preservando os padrões éticos envolvidos com a temática. De forma complementar, o uso apropriado de tecnologias para processar grandes volumes de dados permitirá que as organizações se tornem mais competitivas e inovadoras no mercado.

A pesquisa da KPMG revela ainda que, embora o compartilhamento de dados traga muitos benefícios, ele também apresenta elementos complexos, sobretudo decorrentes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e da iminência de riscos de ataques cibernéticos. “Em se tratando de saúde, o gerenciamento desses dados também é relevante e tem levado a uma mudança na forma como essas informações são coletadas, armazenadas, analisadas e utilizadas”, afirma Leonardo Giusti, sócio-líder do setor de Saúde da KPMG no Brasil.

Wanessa

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