Economia
Decisões do Copom e do Fed movimentam agenda econômica da semana
Com Selic mantida em patamar elevado, investidores avaliam impacto das sinalizações do Banco Central e as chances de diversificação em meio à volatilidade global
Os mercados financeiros iniciam a semana com as atenções voltadas às reuniões do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, marcadas para quarta-feira (17). Enquanto o Fed caminha para um corte moderado nas taxas, o Banco Central do Brasil deve manter a Selic no patamar atual de 15% ao ano, nível historicamente elevado que redefine oportunidades de alocação.
No plano doméstico, o IBC-Br, a prévia mensal de atividade do Banco Central, mostrou retração de 0,50% em julho frente a junho, o que acentuou debates sobre o grau de tração da economia no curto prazo. Em meio a esse quadro, analistas destacam ser mais relevante do que a mera manutenção ou corte, o tom das comunicações pós-reunião (a ata), que orienta expectativas sobre o horizonte da política monetária.
Para Samira Munaier, planejadora financeira CFP® na Monte Bravo, o momento exige estratégia e visão de longo prazo. “O brasileiro está acostumado a conviver com juros historicamente mais altos que no resto do mundo. Isso faz com que muitos mantenham conforto em investimentos pós-fixados, atrelados à Selic, e só busquem alternativas quando a taxa já caiu e essa mudança está precificada em outras classes de ativos. Na prática, acabam perdendo as melhores oportunidades”, explica.
Samira acrescenta que, durante a pandemia, a queda abrupta da Selic para níveis mínimos levou investidores a migrar para produtos de maior risco, movimento que hoje está defasado diante da Selic em 15%. “O investidor deveria aproveitar justamente o cenário de alta para travar boas taxas e acessar ativos que estão mais baratos. Quando a Selic cair, essas oportunidades desaparecerão ou se tornarão mais caras”, diz.
A especialista ressalta ainda que a sinalização das atas muitas vezes é mais influente que o próprio número da decisão da taxa de juros. Por isso, recomenda-se que investidores com horizonte de médio e longo prazo analisem a montagem de carteira com diversificação entre pós-fixados, ativos prefixados e alternativas que se beneficiem do atual ambiente de taxas. O alinhamento entre perfil de risco, horizonte e liquidez permanece determinante.
No curto prazo, a volatilidade deverá ser guiada pelas leituras do Fed, do Copom e pelas sinalizações subsequentes. Para analistas e agentes do mercado, o desafio é não se limitar ao cenário imediato e aproveitar o momento atual para construir posições que possam gerar retorno consistente quando as condições mudarem.
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