DeepSeek esconde perigo? Dados vazam na mão dos chineses? Entenda

Nos últimos dias, a plataforma de inteligência artificial DeepSeek ganhou os holofotes, desbancando rivais já consolidadas e impressionando usuários com suas capacidades. Mas, nem tudo são flores. Uma falha de segurança grave expôs milhões de dados sensíveis, levantando questionamentos sobre a proteção das informações dos usuários. Mas o que realmente aconteceu? Os dados vazaram? E, o mais importante: devemos nos preocupar?

A descoberta da brecha no DeepSeek

A vulnerabilidade foi detectada pela empresa israelense de cibersegurança Wiz, que conseguiu acessar uma base de dados da DeepSeek de forma alarmantemente fácil. O problema estava em um sistema de gerenciamento chamado ClickHouse, utilizado pela IA para armazenar informações cruciais. Mas quais dados estavam expostos? Bem, segundo a Wiz, não era pouca coisa.

Entre as informações encontradas estavam históricos de conversações com o chatbot, chaves secretas da API da plataforma e detalhes de funcionamento do backend. Tudo isso estava acessível em texto simples, sem qualquer tipo de criptografia, o que significa que qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento poderia ter explorado essa falha.

Assim que foi alertada, a DeepSeek agiu rapidamente e corrigiu a vulnerabilidade. Mas, até o momento, a empresa não deu uma declaração oficial sobre o ocorrido. A Yandex, dona do ClickHouse, também preferiu o silêncio. Mas o problema termina por aqui? Não exatamente.

Leia mais:

Ataques maliciosos: coincidência ou algo maior?

No início da semana, a DeepSeek alegou ter sofrido “ataques maliciosos” contra seus servidores. Mas até agora, não detalhou o que exatamente aconteceu. Foi uma invasão? Apenas uma sobrecarga forçada de acessos? A falta de transparência só aumenta a preocupação dos especialistas.

A Wiz, por sua vez, alerta que a falha poderia ter permitido a obtenção de documentos privados, senhas e outras informações sigilosas. E, mesmo que até agora não haja evidências de que terceiros tenham acessado esses dados antes da correção, o risco ainda é alto. Mas será que os usuários realmente precisam se preocupar?

Veja também: DeepSeek: como essa inteligência artificial funciona?

O perigo do uso desenfreado da DeepSeek e outras IAs

A correria para adotar inteligências artificiais tem levado muitas empresas a compartilhar documentos e dados sensíveis sem avaliar os riscos. A Wiz alerta que falhas como essa não são exclusividade da DeepSeek e que outras plataformas de IA também podem apresentar vulnerabilidades. Mas o que fazer diante desse cenário?

Como se proteger?

Se você usa a DeepSeek ou qualquer outra IA generativa, vale seguir algumas precauções:

  1. Evite compartilhar dados sensíveis: Nunca alimente uma IA com informações privadas ou empresariais sem antes verificar as políticas de segurança da plataforma.
  2. Fique atento a políticas de privacidade: Leia os termos de uso e veja como a empresa trata seus dados.
  3. Acompanhe notícias sobre cibersegurança: Plataformas novas podem ter falhas inesperadas, e estar informado é essencial para evitar surpresas desagradáveis.

A DeepSeek corrigiu a falha rápido, mas o episódio mostrou como dados sensíveis podem ficar vulneráveis mesmo em grandes plataformas. E, quando se trata de segurança digital, a transparência é fundamental. Por isso, enquanto não houver um posicionamento oficial, a dúvida permanece: haverá outras brechas escondidas? O tempo dirá. Mas, até lá, melhor se prevenir do que remediar!

Rodrigo Campos

Jornalista, especializado em Semiótica, há mais de 12 anos. Atuou como repórter e editor em diversos veículos de comunicação de grande nome no interior de SP e na internet.

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