Dólar teve alta após ata do Banco Central americano

Dólar sobe para R$ 5,16 após ata do Banco Central americano
Bolsa de valores oscila, mas fecha a quarta-feira com alta de 0,17%

Sustentada pelos papéis da Petrobras, os mais negociados nesta quarta-feira, bolsa de valores fecha com alta de 0,17%.

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*

Brasília

A indicação de que o Banco Central norte-americano manterá os juros altos por longo tempo trouxe turbulência ao mercado financeiro internacional. O dólar chegou a ultrapassar os R$ 5,20, mas desacelerou durante a tarde. A bolsa de valores caiu na maior parte da sessão, mas fechou com pequena alta, após reagir perto do fim das negociações.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (17) vendido a R$ 5,168, com alta de R$ 0,028 (+0,53%). A moeda norte-americana chegou a R$ 5,21 no início da manhã, mas diminuiu o ritmo de alta, à medida que capitais externos voltaram a entrar no país.

A volatilidade também prevaleceu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 113.708 pontos, com alta de 0,17%, após chegar a cair quase 1% nos primeiros minutos de negociação. A alta foi sustentada pelos papéis da Petrobras, os mais negociados na bolsa, que se beneficiaram do aumento da cotação internacional do petróleo.

Os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) da Petrobras subiram 3,33%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 2,34%. Em contrapartida, papéis de mineradoras e siderúrgicas caíram por causa da queda do minério de ferro ainda sob reflexo da desaceleração da economia chinesa.

Nesta quarta, o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) divulgou a ata da última reunião, em que elevou os juros básicos dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual. Apesar de o documento informar que o órgão deve reduzir o ritmo de alta daqui para a frente, os dirigentes do Fed admitiram que as taxas permanecerão altas por longo tempo, até que as expectativas de inflação na maior economia do planeta estejam controladas.

Num primeiro momento, o documento criou instabilidade para países emergentes, ao indicar que as taxas podem ficar altas por um prazo maior que o imaginado. No entanto, a pressão diminuiu com a avaliação de que o tom geral da ata foi favorável a investimentos de maior risco, ao indicar que os próximos aumentos deverão ser de 0,5 ponto percentual. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de mercados emergentes, como o Brasil.

  • Com informações da Reuters

Original de Agência Brasil

Leonardo Grandchamp

Recent Posts

Novas regras do BPC: governo detalha cálculo, deduções e conversão para auxílio-inclusão

Novas regras do BPC ampliam o cálculo da renda para incluir ganhos não formais e…

1 dia ago

Na prática: tudo o que você precisa saber sobre PIS e COFINS na tributação monofásica!

A tributação monofásica do PIS e da COFINS já está presente no dia a dia…

2 dias ago

Publicada nova versão do Manual da e-Financeira v2.5

Entenda as principais mudanças que ocorrem com essa nova versão

2 dias ago

Atenção! Dirbi e PGDAS com prazo de envio até segunda-feira (20)

O atraso ou a falta de entrega das obrigações acessórias podem gerar diversas consequências negativas…

2 dias ago

BNDES vai liberar R$ 12 bi para produtores rurais com perdas de safra

Linha de crédito de longo prazo é direcionada a agricultores atingidos por calamidades climáticas entre…

2 dias ago

4 bancos estão suspensos pelo INSS e não podem oferecer consignado

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito na qual o valor das parcelas é…

2 dias ago