Sabemos que o nosso país conta com uma grande complexidade tributária, tornando a administração fiscal de qualquer negócio um enorme desafio para toda empresa. Segundo levantamentos recentes realizados pelo Banco Mundial, o tempo gasto por empresas com obrigações tributárias do Brasil varia de 1.483 a 1.501 horas por ano. Esse tempo é maior do que em qualquer outro país do mundo. Outro estudo, realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), mostra que as empresas gastam em média, por ano, R$ 180 bilhões com burocracias tributárias.
Vale lembrar, ainda, que a tributação não é um assunto simples. É necessário entendimento a respeito do tema para conseguir ficar em dia com o governo brasileiro. Segundo o mesmo estudo do IBPT, no Brasil, são 53 novas normas fiscais a cada dia útil – 2,21 por hora.
Com o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) não é diferente. Ele é constantemente atualizado pelo Fisco e é preciso estar atento às novas versões e mudanças que são divulgadas regularmente. Por exemplo, a antiga DIRF (Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte) será extinta completamente em 2024 e seus contribuintes passarão a cumprir com a EFD-Reinf (Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais), que foi instituída em 2017.
Frente a esse cenário, no próximo ano, a EFD-Reinf passará a atuar com uma nova versão do seu layout, que conterá sete novas inclusões: R-1050, R-4010, R-4020, R-4040, R-4080, R-4099 e R-9005, que correspondem às retenções de IR (Imposto de Renda), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS, COFINS e pagamentos diversos. As mudanças entrarão em vigor a partir de março de 2023. Aquelas empresas que devem entregar essas tributações e não o fizerem, ficarão passíveis de cobrança de multa. Portanto, é preciso se atentar aos requisitos para não enfrentar maiores problemas no futuro.
É fato que todo o esforço para ficar a par do sistema tributário custa caro para as empresas. A estrutura de tecnologia e recursos humanos que as empresas precisam disponibilizar para lidar com a burocracia consome cerca de 1,5% do seu faturamento anual, de acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). Além disso, todo o tempo gasto para cuidar dos serviços fiscais pode fazer falta para o funcionário que ficou com essa incumbência, perdendo prazos para cumprir com suas funções principais dentro de uma empresa.
Como o tempo é curto e a necessidade e a preocupação são enormes, o foco de um negócio não pode girar em torno das suas obrigações fiscais. Por isso, é preciso buscar uma solução que possa aliviar essas tarefas e uma das melhores opções é o BPO (Business Process Outsourcing). Por esse modelo, uma empresa contrata outra empresa para cuidar de assuntos tributários para atender as suas demandas fiscais.
Leia também: EFD-Reinf versão 2.1.1 tem esquemas XSD republicados
Essa ideia é benéfica, pois quando uma companhia terceiriza seus serviços fiscais, ela ganha tempo para focar em seu negócio, e não em operações burocráticas que envolvem tributação. Dessa forma, a produtividade dos negócios aumenta e é possível direcionar todo o foco no que realmente interessa. A terceirização, além de garantir mais tempo para que o funcionário exerça sua função principal, também evita que os colaboradores se envolvam em tarefas cansativas, que não estão ligadas à sua atribuição profissional e os deixem sobrecarregados com assuntos externos. Além disso, para acompanhar as mudanças é preciso estudo e tempo, mas não é obrigação das empresas ter o total entendimento a respeito de tributação. Por isso, a contratação do serviço de BPO pode trazer segurança para os processos fiscais, visto que um braço especialista tem o domínio desse assunto e as tecnologias que acompanham as modificações do sistema tributário brasileiro. Ou seja, a chance de cometer erros tributários, assim como evitar autuações do Fisco, é menor quando se faz essa terceirização.
Por Antônio Carlos Caldas, head de BPO Fiscal da SONDA Brasil, líder regional em serviços de Transformação Digital.
A SONDA é líder regional em serviços de Transformação Digital, com faturamento de US$ 1.062 bilhão em 2021 e mais de 13 mil colaboradores, com presença direta na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, México, Panamá, Peru e Uruguai.
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…
O levantamento também revela os 10 produtos que mais despertam o interesse de compra dos…