Empresas farmacêuticas são Autuadas em mais de R$ 12,4 milhões por sonegação fiscal

A recente ação de fiscalização realizada pela Secretaria da Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ-ES) resultou na autuação de quatro empresas atacadistas do setor farmacêutico.

Estas empresas foram identificadas por cometer infrações tributárias, levando ao lançamento de mais de R$ 12,4 milhões em créditos tributários.

As infrações identificadas consistiram no uso indevido de benefícios fiscais em saídas internas destinadas a consumidores finais, incluindo hospitais, clínicas, órgãos públicos e pessoas físicas. Especificamente, as empresas se beneficiaram irregularmente de reduções na base de cálculo do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que normalmente reduziriam a alíquota de 17% para 7%. Contudo, estas reduções são autorizadas apenas para saídas de produtos de estabelecimentos atacadistas para revendedores, não para consumidores finais ou não contribuintes, como foi o caso.

Cira / Divulgação / Sefaz-MG

O secretário de Estado da Fazenda, o auditor fiscal Benicio Costa, destacou o impacto significativo da fiscalização na promoção da equidade tributária, observando que a prática da sonegação fiscal não apenas é ilegal, mas também fomenta a concorrência desleal, prejudicando empresas que cumprem suas obrigações fiscais e afetando a arrecadação de recursos essenciais para o desenvolvimento social e econômico do Estado.

Mais Sobre Sonegação Fiscal

A sonegação fiscal no Brasil é um tema complexo e de relevância tanto para o sistema econômico quanto para o cumprimento da lei. Trata-se da prática ilegal de não pagar ou reduzir os impostos devidos ao governo. Este ato não apenas prejudica a arrecadação de recursos necessários para o funcionamento dos serviços públicos, mas também representa uma concorrência desleal no ambiente de negócios.

No Brasil, a sonegação fiscal pode assumir diversas formas, como a omissão de informações, a subnotificação de renda, a superestimação de deduções e a não emissão de notas fiscais. Ela pode ocorrer em diferentes níveis e envolver tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

A sonegação é diferente da elisão fiscal, que é o planejamento tributário legal para reduzir os impostos devidos. Enquanto a elisão utiliza brechas legais, a sonegação consiste em violar a lei de forma direta. O Brasil possui um sistema tributário complexo, e isso, às vezes, contribui para a prática da sonegação, pois cria um ambiente onde as regras fiscais podem ser mal interpretadas ou manipuladas.

Para combater a sonegação fiscal, o governo brasileiro tem implementado diversas medidas. Estas incluem a intensificação das fiscalizações, o uso de tecnologia para rastrear transações financeiras e a aplicação de penalidades severas para aqueles que são pegos sonegando impostos. Além disso, há um esforço constante para simplificar o sistema tributário e torná-lo mais transparente e fácil de entender, com o objetivo de reduzir a incidência de sonegação.

A sonegação fiscal tem implicações significativas para a sociedade. Ela reduz a quantidade de dinheiro disponível para serviços públicos essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Além disso, promove a desigualdade, pois coloca um fardo desproporcional sobre aqueles que pagam seus impostos devidamente. A sonegação também pode levar à instabilidade econômica, uma vez que reduz a previsibilidade da receita do governo.

Em resumo, a sonegação fiscal no Brasil é um desafio contínuo que requer vigilância constante e esforços de reforma para garantir um sistema tributário justo e eficiente. É essencial que tanto os cidadãos quanto as empresas compreendam suas obrigações fiscais e as cumpram, para o bem-estar econômico e social do país.

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro "A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade", uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.

Recent Posts

Novas regras do BPC: governo detalha cálculo, deduções e conversão para auxílio-inclusão

Novas regras do BPC ampliam o cálculo da renda para incluir ganhos não formais e…

1 dia ago

Na prática: tudo o que você precisa saber sobre PIS e COFINS na tributação monofásica!

A tributação monofásica do PIS e da COFINS já está presente no dia a dia…

1 dia ago

Publicada nova versão do Manual da e-Financeira v2.5

Entenda as principais mudanças que ocorrem com essa nova versão

1 dia ago

Atenção! Dirbi e PGDAS com prazo de envio até segunda-feira (20)

O atraso ou a falta de entrega das obrigações acessórias podem gerar diversas consequências negativas…

1 dia ago

BNDES vai liberar R$ 12 bi para produtores rurais com perdas de safra

Linha de crédito de longo prazo é direcionada a agricultores atingidos por calamidades climáticas entre…

1 dia ago

4 bancos estão suspensos pelo INSS e não podem oferecer consignado

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito na qual o valor das parcelas é…

2 dias ago