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Carreira

Enquanto milhões buscam emprego, empresas não conseguem técnicos

Autor: Ricardo de Freitas

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Em 2016, 43% das empresas tiveram dificuldade para preencher vagas.
Há dois anos, os profissionais mais procurados são os de nível técnico.

Alguns setores da economia brasileira têm enfrentado muita dificuldade pra encontrar trabalhadores, mesmo com tanta gente desempregada.

Doze milhões de brasileiros na fila procurando uma, apenas uma vaga. Mas, acredite, tem gente que pode escolher emprego no meio dessa crise.

“Você até dispensa algumas oportunidades porque a gente é um só”, diz Benilda Gonçalves Sampaio, técnica em enfermagem.

Repórter: Mesmo em época de crise tem gente querendo te contatar?
Enéas Monteiro (técnico em enfermagem): “Mesmo numa época de crise”.
Enéas, Benilda, Alessandro. São esses os profissionais que as empresas buscam e não conseguem achar aqui no Brasil: técnicos.

“As principais ocupações demandadas são técnico em enfermagem, auxiliar assistente de vendas, auxiliar de contabilidade e técnico em segurança do trabalho. Falta gente capacitada e são áreas que, independente do momento, sempre têm uma alta demanda”, diz Roland Zottele, gerente de Desenvolvimento do Senac.

Uma pesquisa mostrou que 43% das empresas brasileiras tiveram dificuldade para preencher suas vagas em 2016. E que no Brasil, há dois anos, os profissionais mais procurados são os de nível técnico, seguidos de secretárias e assistentes de escritório e operadores de máquinas.

A população brasileira está envelhecendo. Precisa de cuidado médico. E a medicina está cada vez mais tecnológica. Não é qualquer um que mexe em equipamentos, e é para isso que alunos estão se preparando no curso para técnicos em enfermagem no trabalho. Prepara alunos não apenas para trabalhar em hospitais, mas também em ambulatórios de grandes empresas.

Mais uma porta que se abre para conseguir um bom emprego. E atrai até gente que fez faculdade.
“Fiz fisioterapia. Sou pós-graduada em cardiorrespiratório e fiz especialização em acupuntura. São muitos fisioterapeutas para pouco espaço de trabalho. E na enfermagem eu já percebi que é o contrário”, afirma Amanda Zago Tranche.

“Ter faculdade passou a ser referencial importante para nossa sociedade como um todo. E isso causou evasão muito grande dos cursos técnicos e um direcionamento dos jovens para tentar buscar entrar uma faculdade”, diz Marcia Almström, diretora de RH da Manpower.

Isso se reflete nos salários, como no caso de desenvolvedores de aplicativos para celulares. O salário médio de um técnico – R$ 5 mil – é quase igual ao de um profissional com curso universitário.

Mas não basta fazer um curso qualquer para conseguir emprego. Um hospital oferece cerca de 20 vagas por mês para técnico em enfermagem, mas não é fácil achar.

“50% já ficam reprovados na prova de conhecimento técnico, teórica”, afirma Carmen Nigro, superintendente de RH.
Estar bem preparado é fundamental para evitar a morte de um paciente, um acidente em uma obra… Para quem sabe o que fazer nessas horas, não há crise. (Com G1)

Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro "A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade", uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.

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