Depois de oito meses, agora é oficial: o Brasil tem uma nova regra fiscal. A Câmara dos Deputados aprovou o arcabouço fiscal após as mudanças sugeridas pelo Senado. O texto passou por 379 votos a 64 e será encaminhado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O arcabouço substitui o teto de gastos, que estava em vigor desde 2016 durante o governo de Michel Temer, e define os limites e regras para o controle das despesas do governo e da dívida pública.
Leia também: Câmara Aprova Arcabouço Fiscal
Os parlamentares optaram por deixar de fora da regra fiscal os gastos com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). No entanto, também retirou a emenda que permitia ao governo prever as chamadas despesas condicionadas no Orçamento.
Além disso, o salário mínimo foi preservado. Ou seja, o aumento real está garantido mesmo em caso de descumprimento da meta fiscal. Já o Bolsa Família não teve a mesma sorte.
O novo marco fiscal prevê zerar o déficit já em 2024 e manter as contas do governo em superávit. Neste caso, quando houver sobra de dinheiro entre receitas e gastos, a quantia deve ser usada apenas para investimentos. Os limites e meta serão ajustados anualmente, sendo que a despesa primária será ajustada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O texto também determina que as despesas ficam limitadas a 70% do crescimento da arrecadação do governo. Mas isso só se houver cumprimento da meta. Caso o governo não respeite a meta, o crescimento dos gastos fica limitado a 50%.
Como 2024 será o primeiro ano do arcabouço fiscal, a regra será diferente: neste caso, se a despesa for maior que 70% do crescimento real da receita primária, a diferença será abatida do limite para o exercício de 2025. Além disso, o limite vai levar em conta o período de inflação de julho de 2022 a junho de 2023.
Já a partir de 2025, passará a valer limites para o piso e teto do crescimento real dos gastos. O intervalo será de 0,6% e 2,5%.
Leia também: Lira Diz Que Arcabouço Fiscal Ainda Não Está Maduro Na Casa
Caso a meta não seja cumprida, o governo fica proibido de criar cargos que impliquem aumento de despesas; alterar de estrutura de carreira; criar auxílios; criar despesas obrigatórias; e conceder benefício tributário. Isso no primeiro ano.
Caso o descumprimento se mantenha, no segundo ano também ficam vetados os reajustes de despesas com servidores; admissão ou contratação de pessoal; e realização de concurso público, exceto para reposições de vacância.
Fonte: MoneyTimes
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…