Embora acometa cerca de 2 milhões de brasileiros por ano, a espondilolistese ainda é pouco divulgada no contexto das doenças na coluna, retardando a procura por diagnóstico e tratamento adequado daqueles que apresentam o problema. Caracterizada pelo escorregamento de uma vértebra sobre outra, a condição causa dor lombar intensa que se estende pelos membros, podendo ser altamente incapacitante.
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A espondilolistese se dá pelo escorregamento entre duas vértebras da coluna vertebral, isto é, o deslizamento para frente, para trás ou para os lados de uma vértebra sobre a outra, causando dor e limitações funcionais do indivíduo.
Ela pode se apresentar sob diversas formas, de acordo com as suas causas, sendo classificadas como:
Apesar da extensa classificação da espondilolistese, segundo o Dr. Alexandre Elias, neurocirurgião com foco em coluna e mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os dois tipos com mais incidência são a degenerativa, mais presente em pessoas do sexo feminino, acima de 50 anos (acredita-se que por fatores hormonais e de osteoporose), e a ístmica, comum em adolescentes e jovens adultos, principalmente praticantes de atividades físicas que demandem hiperextensão da coluna.
A espondilolistese provoca a dor lombar porque ao movimentar o corpo, temos o impacto direto nos segmentos instáveis e suas conexões nervosas.
Já a dor irradiada, ou seja, que se propaga para os membros inferiores, se dá pela compressão nervosa que o escorregamento das vértebras pode motivar.
Como os sintomas da espondilolistese são bastante semelhantes aos de outras disfunções da coluna como a hérnia de disco e o bico de papagaio (osteofitose), para além do levantamento da história de queixa do paciente, o médico especialista em disfunções da coluna deve apoiar a sua investigação em exames de imagem.
Em princípio, os exames mais usados para identificar a espondilolistese são o raio-x, que revela o possível desalinhamento das vértebras, e o raio-x dinâmico, capaz de exibir a existência de movimento entre as vértebras.
No entanto, em alguns casos, os exames de tomografia e ressonância magnética também podem ser solicitados para esta mesma finalidade, ajudando a visualizar possíveis estruturas não ósseas afetadas pelo problema.
Na grande maioria dos casos, a espondilolistese pode ser tratada com medicação, e com o suporte de procedimento minimamente invasivo de vídeo endoscopia para o descompressão de raiz nervosa afetada pelo deslizamento da vértebra. “, afirma o neurocirurgião Alexandre Elias.
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“Os procedimentos minimamente invasivos são soluções interessantes para o tratamento de espondilolistese, pois não provocam sangramento significativo e consequentemente evitam alterações de pressão arterial, e outras questões relacionadas às cirurgias tradicionais”, afirma o neurocirurgião Alexandre Elias.
Em alguns casos, será necessário a realização de cirurgia mais invasiva, fixando parafusos para a estabilização das vértebras.
Por fim, é sempre bom lembrar que as cirurgias para o tratamento da espondilolistese estão presentes no SUS, tendo o senão das filas para a operação, e fazem parte do rol da ANS para cobertura pelas operadoras de planos e seguros e saúde.
Dr. Alexandre Elias abordou o assunto no podcast, o Hora da Coluna. O conteúdo pode ser ouvido no link a seguir: #12 Você sabe o que é espondidolistese?
Dr. Alexandre Elias
Neurocirurgião de coluna com foco em cirurgia minimamente invasiva. É também especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC), mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e research fellow em cirurgia da coluna vertebral na University of Arkansas for Medical Sciences (EUA).
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