Fim do saque-aniversário? Veja a proposta do governo e o futuro de quem já tem empréstimo

O governo federal quer enviar ainda neste ano ao Congresso uma proposta que acaba com o saque aniversário do Fundo de Garantia. A ideia é aproveitar a mudança e alterar as regras do crédito consignado, com desconto em folha, para incluir o uso da multa rescisória do FGTS, de 40%, como garantia na contratação de empréstimos.

A expectativa, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, é que o consignado ao setor privado substitua as linhas de crédito ofertadas atualmente pelos bancos na antecipação do saque aniversário. 

Atualmente, o trabalhador pode contrair uma espécie de empréstimo, que é pago anualmente com as parcelas liberadas do Fundo de Garantia.

Pelo projeto que será enviado ao Congresso, os empregados da iniciativa privada poderão comprometer até 35% da renda bruta mensal com um novo modelo de consignado. E o governo trabalha para que ele esteja disponível no primeiro semestre do ano que vem.

O que é o saque-aniversário?

Criado pela Lei 13.932/19,  o saque-aniversário é uma modalidade que oferece ao trabalhador a possibilidade de, todo ano, retirar uma parte do saldo do FGTS no mês de seu aniversário. A adesão é  opcional. 

Quem não opta por ela, permanece no modelo tradicional de Saque-Rescisão, que permite o saque integral do saldo em caso de demissão sem justa causa. Ao aderir, o trabalhador pode sacar anualmente uma parte do saldo. Mas, se for demitido, terá acesso apenas à multa rescisória, sem poder retirar o valor total acumulado no FGTS. 

Quem já tem empréstimo do saque-aniversário, o que vai ocorrer?

O certo é que os bancos não podem prejudicar o trabalhador devido a essa troca de regras do FGTS.

Todavia, o governo federal ainda não informou como ficará o saldo dos trabalhadores que possuem empréstimo pelo saque-aniversário do FGTS.

Há expectativa de que os trabalhadores que foram demitidos sem justa causa e não conseguiram receber a rescisão por conta do bloqueio, finalmente possam acessá-la. Mas por hora ainda não há uma confirmação do poder público.

Ana Luzia Rodrigues

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

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