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Fraude: Contadora de esquema do Carf não pode deixar o País
Brasília – A Justiça Federal proibiu ontem a saída do Brasil de Gegliane Maria Bessa Pinto, que trabalhava para uma das empresas investigadas pela Operação Zelotes, da Polícia Federal.
Ela é suspeita de integrar o esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Conforme as investigações, decisões tomadas pelo chamado tribunal administrativo da Receita Federal foram vendidas para grandes grupos empresariais entre 2004 e 2014.
Apontada como uma das contadoras do esquema, Gegliane é considerada peça crucial nas investigações. Para o Ministério Público, há fortes indícios do seu papel relevante na organização criminosa que atuava no Carf para tentar reduzir ou anular multas aplicadas pela Receita Federal.
A decisão da juíza federal, Marianne Bezerra Sathler Borré, ao qual o jornal “O Estado de S. Paulo” teve acesso, foi dada ontem a pedido do Ministério Público Federal.
A magistrada determinou, ainda, a apreensão dos passaportes de Gegliane e que os órgãos encarregados de fiscalizar as saídas do Brasil fossem comunicados. Não há no despacho prazo para que ela possa retornar à África do Sul.
Ex-funcionária da J.R. Silva Advogados e Associados, Gegliane mora na África do Sul e veio ao Brasil para depor ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal, que apura as irregularidades no Carf. Os senadores aceitaram o pedido dela para que a reunião fosse reservada, sem a presença da imprensa.
No despacho, a juíza acatou pedido do Ministério Público, que considerou risco de fuga da investigada. “A ciência da gravidade dos fatos investigados pode fazê-la não mais querer voltar para o Brasil (…) A investigada não é pessoa desprovida de recursos financeiros e tem total possibilidade e facilidade de se deslocar para o exterior e até mesmo evadir-se.”
A investigada, conforme o inquérito, trabalhava para o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, dono da J.R. Silva.
Ela seria responsável pela contabilidade das empresas do ex-conselheiro e tinha a obrigação de gerir todos os recursos que entravam e saiam das diversas empresas que atuavam no esquema.
Além da J.R. Silva, o ex-conselheiro também mantinha a SGR, APS, Agropecuária Terrafertil, dentre outras.
O documento diz ainda que Gegliane não se limitava a cumprir ordens de José Ricardo e que, certamente, tinha conhecimento sobre a natureza das avenças assinadas e sobre a ilicitude dos negócios.
O jornal “O Estado de S. Paulo” apurou que ela será intimada a depor amanhã no Ministério Público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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