O governo entregou, nesta terça-feira (18/4), o Projeto de Lei Complementar (PLP 93/23) que institui o novo regime fiscal no Brasil. O Projeto que será debatido pelo parlamento e vai garantir a estabilidade macroeconômica também cria as condições adequadas para a volta do investimento público e, consequentemente, do crescimento do país. O projeto foi entregue em mãos ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP – AL), e ao vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB – PB), pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
A reunião realizada no Palácio do Planalto contou com a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, da Casa Civil, Rui Costa, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além dos senadores Randolfe Rodrigues (REDE – AP) e Jaques Wagner (PT – BA) e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.
Leia também: Novo Arcabouço Fiscal Foi Entregue Ao Congresso Com Ajustes
Para Haddad, a entrega do Projeto de Lei Complementar é um marco para as finanças públicas do país, uma vez que a proposta tem o potencial de sanar as contas do Brasil e garantir o equilíbrio entre responsabilidade social e fiscal.
Segundo o ministro, a nova regra fiscal vai possibilitar “honrar os compromissos com a população, sobretudo a população de baixa renda, sem colocar em risco as trajetórias macroeconômicas do país”. “Cada renúncia fiscal indevida é uma pessoa a mais passando fome”, disse Haddad reforçando o interesse do governo em buscar equilibrar as contas públicas revendo benefícios setoriais, ou também conhecidos, “jabutis” fiscais.
Haddad reforçou a solidez e confiabilidade da nova regra fiscal, medida que vai gerar muitos benefícios para o país. Na prática, disse o ministro, o Arcabouço vai recuperar o orçamento de políticas públicas essenciais, como saúde, educação e o pagamento do Bolsa Família. Se aprovada, a nova regra garantirá espaço para o investimento em programas como o Minha Casa Minha Vida, que está sendo retomado.
De acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, havia muita ansiedade pela apresentação do novo regime fiscal. “O Arcabouço chegou. Está entregue na Câmara. Agora vamos discuti-lo. Este é um tema de interesse nacional, um tema de país”, afirmou o deputado.
O Novo Marco Fiscal do Brasil tem como objetivo deixar claro para investidores, sociedade em geral e agentes internacionais como o governo vai equilibrar e manter sob controle as contas públicas, e ainda realizar investimentos nos próximos anos. O principal balizador dessas normas é a fixação de uma trajetória consistente para o resultado primário do Governo Central, que são as receitas menos as despesas deste ente, descontadas as despesas financeiras com a dívida pública.
O Projeto de Lei Complementar entregue hoje prevê um intervalo de crescimento real da despesa dentro de uma banda, ou seja, com um piso (0,6%) e um teto (2,5%). Isso evita gastos excessivos em momentos de maior crescimento econômico, quando as receitas crescem mais aceleradamente, e de paralisação do setor público quando há desaceleração da economia e as receitas caem.
A equipe econômica pensou neste instrumento como um mecanismo fiel para garantir recursos para o custeamento adequado dos serviços públicos. Na prática, a proposta possibilitará um investimento mínimo, de aproximadamente R$ 75 bilhões para 2023, que deve ser mantido em termos reais, isto é, corrigido pela inflação nos anos seguintes.
Leia também: Entra Em Vigor Nova Lei Que Prorroga Regime De Tributação Para Multinacionais Brasileiras
O Arcabouço Fiscal também adota uma regra de limitação de crescimento das despesas, mas supera os entraves impostos pelo Teto de Gastos, incorporando as melhores práticas de outra regra: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ou seja, supera algumas limitações da LRF, por exemplo, ao inserir uma banda sob a qual o resultado primário pode flutuar, como no regime de metas de inflação. O governo federal busca a meta, mas, dada a incerteza sobre os ciclos econômicos, este resultado pode variar entre as bandas inferior e superior.
Uma das principais metas do Arcabouço Fiscal é eliminar o déficit primário já em 2024. A proposta prevê um superávit nas contas públicas em 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026. Para evitar uma rigidez excessiva, essa meta contempla uma banda de +/- 0,25% para o resultado primário em todos os anos. Considerando o cumprimento do centro das metas cumprido, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deve se estabilizar em 76,54% do PIB em 2026.
Fonte: Ministério da Fazenda
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…