Governo nega o não pagamento dos precatórios

Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) está sendo preparada pelo Ministério da Economia com o objetivo único de conseguir parcelar os precatórios para poder bancar o aumento do Bolsa Família. 

A oposição se manifestou alegando que o dinheiro será para bancar o programa que substituirá o Bolsa Família que o Governo Bolsonaro quer implantar no final do ano. Com isso, o governo daria um “calote”no pagamento dos precatórios. Contudo, o Ministro Paulo Guedes logo se defendeu e afirmou que não haverá “calote nenhum” .

O que são precatórios?

Precatórios são requisições de pagamento expedidas pelo Judiciário para cobrar de municípios, estados ou da União valores devidos após condenação judicial. 

Ao receberem os depósitos das entidades devedoras, os Tribunais responsáveis pelos pagamentos organizam listas, de acordo com as prioridades previstas na Constituição Federal e a ordem de chegada de apresentação dos precatórios. As prioridades são os débitos de natureza alimentar cujos titulares tenham 60 anos de idade, sejam portadores de natureza grave ou pessoas com deficiência.

Ministro afirma quitar precatórios com valores mais baixos

Entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de vários parlamentares já se manifestaram e estão contra o Governo. Eles afirmam que isso não passaria de um “calote eleitoreiro”. Rapidamente, Guedes agiu para afastar qualquer reprovação e afirmou que o Governo Federal pagará imediatamente as dívidas com o valor de até R$ 60 mil.  

Com relação aos chamados “superprecatórios”, o Ministro afirmou que estes seriam parcelados e que obedecerá os critérios já estabelecidos pela Justiça em casos de estados e municípios.

O pagamento destas dívidas judiciais consomem boa parte dos recursos que o Governo está prevendo para custear o novo Bolsa Família, que deverá ter o nome de “Auxilio Brasil”. Por isso o governo apresentará essa PEC para abrir uma brecha no Orçamento a fim de possibilitar o pagamento deste benefício em 2022.

O texto prevê que as despesas com sentenças da Justiça poderão ser pagas com uma fração do valor em 2022 e mais nove parcelas anuais. As mudanças criam uma margem de cerca de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2022.

Ana Luzia Rodrigues

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

Recent Posts

Novas regras do BPC: governo detalha cálculo, deduções e conversão para auxílio-inclusão

Novas regras do BPC ampliam o cálculo da renda para incluir ganhos não formais e…

2 dias ago

Na prática: tudo o que você precisa saber sobre PIS e COFINS na tributação monofásica!

A tributação monofásica do PIS e da COFINS já está presente no dia a dia…

2 dias ago

Publicada nova versão do Manual da e-Financeira v2.5

Entenda as principais mudanças que ocorrem com essa nova versão

2 dias ago

Atenção! Dirbi e PGDAS com prazo de envio até segunda-feira (20)

O atraso ou a falta de entrega das obrigações acessórias podem gerar diversas consequências negativas…

2 dias ago

BNDES vai liberar R$ 12 bi para produtores rurais com perdas de safra

Linha de crédito de longo prazo é direcionada a agricultores atingidos por calamidades climáticas entre…

2 dias ago

4 bancos estão suspensos pelo INSS e não podem oferecer consignado

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito na qual o valor das parcelas é…

2 dias ago