Imposto de Renda / Imagem: Freepik
O Imposto de Renda (IR) é a espinha dorsal da arrecadação em muitos países, financiando desde serviços públicos essenciais como saúde e educação até infraestrutura e programas sociais. Contudo, a alíquota máxima desse imposto varia drasticamente ao redor do globo, refletindo diferentes filosofias econômicas e modelos de estado. Enquanto alguns países optam por tributar pesadamente os maiores rendimentos para financiar extensos sistemas de bem-estar social, outros mantêm alíquotas mais baixas para estimular o investimento e o crescimento econômico.
Este artigo explora os 08 países que consistentemente figuram entre aqueles com as maiores alíquotas marginais de Imposto de Renda Pessoa Física. É crucial entender que essas são as taxas aplicadas sobre a faixa de renda mais alta, e não a alíquota média que a maioria da população paga.
Não é surpresa que muitos dos países nesta lista sejam nações desenvolvidas, especialmente na Europa, conhecidas por oferecerem uma vasta gama de serviços públicos de alta qualidade. As altas alíquotas de IR são, em grande parte, o preço pago pelos cidadãos por acesso universal e frequentemente gratuito a saúde, educação, previdência social robusta e infraestrutura de ponta.
Dados baseados em levantamentos recentes indicam as seguintes nações no topo da lista. Vale ressaltar que essas alíquotas podem incluir impostos federais, estaduais/municipais e contribuições sociais obrigatórias:
Surpreendentemente, a Costa do Marfim, um país da África Ocidental, emerge com uma das maiores alíquotas marginais do mundo. Essa alta taxa visa ajudar a gerenciar a dívida pública e financiar investimentos em educação, saúde e infraestrutura, embora desafios como corrupção e ineficiência limitem sua eficácia.
A Finlândia é um exemplo clássico do modelo nórdico de bem-estar social. Sua alta alíquota de IR financia um sistema abrangente de saúde, educação gratuita e benefícios sociais robustos, refletindo um forte compromisso com a redistribuição de riqueza e a igualdade.
Com uma população envelhecida, o Japão impõe uma das maiores alíquotas de IR para sustentar seus sistemas de pensão pública, saúde e bem-estar. O sistema progressivo garante que os indivíduos de maior renda contribuam mais para o financiamento desses serviços.
Consistentemente classificada entre os países mais felizes do mundo, a Dinamarca utiliza seu alto imposto de renda para financiar um robusto sistema de bem-estar social, que inclui saúde de classe mundial, educação e ampla seguridade social.
A Áustria impõe uma alíquota de 55% sobre os maiores rendimentos. Essa arrecadação é fundamental para financiar seus abrangentes benefícios sociais, transporte público de qualidade, moradia social e sistemas de saúde.
A Suécia é outro expoente do modelo nórdico, onde os impostos elevados são a contrapartida para serviços públicos de excelência, como saúde e educação universal. A alta carga tributária reflete o compromisso do país com um estado de bem-estar social bem-funcionário.
Essa ilha caribenha, um território autônomo do Reino dos Países Baixos, impõe uma alta alíquota máxima de IR. Essa taxa ajuda a sustentar seus serviços públicos e infraestrutura, apesar de sua economia ser de menor porte.
A Bélgica possui uma das alíquotas de imposto de renda mais altas da Europa, com uma taxa marginal de 50% no nível federal, que pode ser acrescida de impostos comunais. Isso financia um amplo leque de serviços públicos, incluindo saúde, pensões e benefícios para crianças.
É fundamental lembrar que a alíquota marginal máxima do Imposto de Renda é apenas uma peça do quebra-cabeça tributário de um país. A estrutura geral de impostos (que inclui impostos de consumo, impostos corporativos, contribuições sociais), as deduções permitidas e os benefícios sociais oferecidos são igualmente importantes para entender a carga tributária real sobre os cidadãos. No entanto, esses 08 países destacam-se por exigir uma fatia significativa da renda de seus maiores ganhadores, em troca, muitas vezes, de uma sociedade mais igualitária e de serviços públicos exemplares.
Por Lucas de Sá Pereira, contador , e colunista do Jornal Contábil e criador do instagram @contadorlucaspereira
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