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Investidor-anjo: o que é, como funciona e quais os riscos?

As startups são empreendimentos que tem como objetivo solucionar um problema através da criação de novos produtos e serviços, constituindo modelos de negócios que crescem exponencialmente em condições de elevada incerteza no mercado. 

Diante disso, um ponto chave para o desenvolvimento das startups é o surgimento de investidores para o negócio, cenário em que se observa a figura do investidor-anjo, a maior fonte de capital para startups no Brasil atualmente. 

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O que é um investidor-anjo?

Investidor-anjo é a pessoa física que aporta recursos próprios em empresas, geralmente inovadoras, agregando não só o capital financeiro, mas também o capital intelectual, isto é, sua experiência, conhecimento e rede de relacionamento. Ele faz o investimento sempre de forma direta na startup.

O termo “anjo” é utilizado por apoiar o empreendedor, aplicando seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamento para orientá-lo e aumentar suas chances de sucesso. Esse indivíduo desempenha papel fundamental no negócio, investindo em sua fase inicial e assumindo todos os riscos, como um “anjo da guarda”, por isso o termo “investidor-anjo”. 

Como é o funcionamento?

Essa modalidade de investimentos ocorre por pessoas físicas ou fundos de investimento em empresas que estão começando a operar. 

Basicamente, funciona com o anjo injetando capital na startup (entre 200 e 500 mil reais) em troca de ações preferenciais minoritárias. Assim, o desenvolvimento do negócio é mais importante para o anjo do que o investimento por si só. Ao passo que quanto mais o negócio se desenvolver, mais ele ganhará retorno. 

O investimento é contínuo, feito para que a empresa dê certo ao longo do tempo, e o investidor está constantemente injetando capital, dedicando tempo e agregando conhecimento ao negócio. 

Além disso, a proximidade entre empreendedor e investidor é de suma importância para que haja transparência e para que as expectativas sejam mútuas. 

No mais, o investimento anjo é um investimento conjunto, ou seja, anjos normalmente investem em grupo, o que permite a amplificação de seus esforços e a participação de investidores de diferentes segmentos, buscando minimizar o risco e maximizar o tempo e experiência do negócio.

Como conseguir um investidor anjo?

Se seu empreendimento precisa de uma injeção de capital e você entende que o modelo de negócio pode agradar investidores-anjo, é possível ir atrás deles.

Dessa forma, você deve saber tudo sobre seus diferenciais, estudar concorrentes, criar projeções da empresa e demonstrar o que já ocorreu. Todos esses fatores serão analisados e levados em conta pelos possíveis investidores.

O passo final é procurar por essas pessoas, que podem fazer aplicações financeiras, em sua rede de contato. Ir a eventos e conhecer novas pessoas também pode fazer parte desse plano.

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Riscos e precauções

É importante ter em mente que todo investimento possui riscos, e é fundamental estar ciente deles antes de investir seu dinheiro. Alguns dos riscos envolvidos incluem volatilidade do mercado, possibilidade de perda do capital investido e incertezas econômicas.

Antes de tomar qualquer decisão, recomenda-se realizar uma análise criteriosa e contar com o auxílio de um profissional especializado. As opiniões dos especialistas são fundamentais ao avaliar. 

Analistas do mercado acompanham de perto as empresas e emitem recomendações de compra, venda ou manutenção com base em suas análises.

Ana Luzia Rodrigues

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

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