Jornal Contábil: Novos módulos do Sped entram em vigor este mês e despreparo pode resultar em multas

Quem não estiver preparado vai enfrentar muitos problemas – e multas – por conta dos três novos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A Escritura Contábil Fiscal (ECF) deve ser entregue agora em setembro. O Bloco K e o eSocial, em fevereiro de 2016.

E engana-se quem acha que, por ter lidado com os módulos anteriores do Sped, já domina a estrutura e pode ficar tranquilo. Esses módulos exigem mudanças na maneira como são geradas as informações transmitidas ao Fisco, que terão de ser mais analíticas e detalhadas.

O maior grau de dificuldades na adaptação vem sendo enfrentado pelas pequenas e médias empresas (PME). Muitas companhias de grande porte deslocaram profissionais de suas funções cotidianas para se dedicarem exclusivamente a esses projetos.

As PME, que não dispões de grandes equipes para remanejar pessoal, necessitam do acompanhamento de uma consultoria contábil, fiscal e tributária especializada, que trabalhe em sintonia com os gestores das diferentes áreas que devem ser envolvidas.

“Mais do que investir em tecnologia, é preciso realizar um trabalho prévio de revisão de procedimentos, para assegurar que os sistemas gerem dados em conformidade com as exigências da Receita Federal”, adverte Fábio da Silva Oliveira, sócio supervisor da De Biasi Auditores Independentes.

Esse trabalho prévio, que demanda um perfeito alinhamento com a equipe de TI, também inclui suporte a esta área. “Ajudamos a parametrizar os softwares da empresa, a partir de uma análise dos manuais de cada um dos projetos.

Verificamos tudo o que os manuais pedem, interpretamos e direcionamos a equipe de TI para assegurar a geração de dados consistentes”, diz Oliveira.

Ele explica que implementar o layout disponibilizado pela Receita Federal é simples. “O conteúdo é o ponto delicado.

Se a base de dados interna usada para gerar as informações que serão inseridas no layout estiver errada, todo o trabalho fica comprometido. O risco de autuações é muito grande”, diz o sócio supervisor da de Biasi Auditores Independentes.

Ele lembra que a ECF, o Bloco K e o eSocial estão dentro do Sped e foram concebidos seguindo uma estrutura única, o que facilita muito o cruzamento por parte da Receita. Em busca de dados reencontrados.

“O Fisco poderá comparar os estoques informados pelas indústrias no Bloco K com os já existentes em outros módulos do Sped. É aqui que a revisão de dados e a parametrização dos sistemas empresariais detecta incongruências e as corrige a tempo de evitar multas”, finaliza Oliveira.

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