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La Niña confirmado nesta semana: veja o que pode acontecer na sua cidade

Agora é oficial: o fenômeno La Niña está em vigor e promete impactar o clima no Brasil nos próximos meses. Mas o que é exatamente esse evento climático, e como ele pode afetar a sua cidade? Vale a pena entender os detalhes desse tema e o que a ciência tem a dizer sobre o La Niña e seus possíveis efeitos.

O que é o La Niña?

O La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento anormal das águas superficiais na região equatorial central e leste do Oceano Pacífico. Quando essas águas esfriam mais de 0,5°C por vários meses consecutivos, ele está oficialmente estabelecido.

Esse resfriamento altera a dinâmica da atmosfera, mudando padrões de vento e chuva em diversas regiões do planeta. Para ser considerado um evento La Niña, os cientistas utilizam critérios rigorosos baseados em dados meteorológicos.

Desta vez, o La Niña foi declarado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) e, de acordo com as previsões, deve persistir até abril de 2025. Apesar de ser classificado como um evento fraco, ele ainda pode trazer impactos relevantes para o Brasil.

Veja mais: Integração da Sustentabilidade na Contabilidade: Impactos Financeiros das Mudanças Climáticas

Como o La Niña pode mudar o clima no Brasil?

O Brasil, com seu território extenso e diverso, experimenta diferentes efeitos do La Niña em suas regiões. Em linhas gerais, podemos esperar:

  • Norte e Nordeste: As chuvas podem ficar acima da média, aumentando os volumes e a regularidade das precipitações. Estados como Maranhão, Piauí e Ceará estão entre os mais beneficiados.
  • Centro-Sul: As chuvas tendem a ser mais irregulares, com possíveis estiagens em algumas áreas, especialmente no Rio Grande do Sul. Porém, condições para temporais severos, incluindo granizo, se tornam mais prováveis.
  • Sul: A seca pode predominar, impactando lavouras e o abastecimento de água. Além disso, oscilações de temperatura, com a entrada de massas de ar frio, também são esperadas.
  • Amazônia e faixa central: Chuvas mais frequentes e volumosas são prováveis, resultando em corredores de umidade que beneficiam reservatórios e a agricultura local.

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Por que isso acontece?

Durante o La Niña, o deslocamento do jato subtropical para o norte altera padrões de circulação atmosférica. Isso favorece chuvas na região Norte e Nordeste, além de intensificar a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Em contrapartida, a região Sul enfrenta redução nas precipitações devido ao enfraquecimento de sistemas meteorológicos locais.

O que isso significa para você?

  • No Norte e Nordeste: Esteja preparado para chuvas mais intensas e regulares, o que pode trazer alívio para a agricultura e os recursos hídricos.
  • No Sul: A estiagem exige um uso consciente da água e atenção ao impacto na produção agrícola.
  • No Sudeste e Centro-Oeste: Temporais com granizo e ventania podem causar transtornos, mas também trazer alívio para o calor intenso. Evite áreas alagadas e mantenha-se seguro durante episódios de tempestades.

La Niña: um vilão ou um herói?

O impacto do La Niña depende de onde você está. Enquanto traz benefícios como o aumento das chuvas no Nordeste, também pode causar prejuízos no Sul. O importante é estar informado e preparado para os desafios e oportunidades que esse fenômeno pode trazer.

Com previsão de duração até abril de 2025, o La Niña deve perder força gradualmente, devolvendo o clima à neutralidade. Enquanto isso, acompanhe as previsões meteorológicas e se adapte às condições locais. Afinal, entender o clima é uma ferramenta poderosa para se preparar e aproveitar o melhor de cada situação.

Fontes: Climatempo e G1.

Rodrigo Campos

Jornalista, especializado em Semiótica, há mais de 12 anos. Atuou como repórter e editor em diversos veículos de comunicação de grande nome no interior de SP e na internet.

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