LER/ Dort: Tudo sobre o distúrbio que mais afeta os trabalhadores brasileiros

Com a popularização das entidades sindicais trabalhistas nos anos 90, e a divulgação de informação e estudos em massa, a lesão por esforço repetitivo, mais conhecida como LER/ Dort, ganhou visibilidade entre a população. Segundo informações divulgadas, entre 2007 e 2021, foram registradas 102.986 diagnósticos no Brasil; mulheres, na faixa etária de 40 a 49 anos, com nível médio de escolaridade e do setor industrial foram o grupo mais afetado. A enfermidade ainda é considerada, hoje, pelo Ministério da saúde, como o distúrbio que mais afeta o trabalhador brasileiro. 

Em 28 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforço Repetitivo e  Distúrbios Osteomusculares (LER/ Dort). A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar e alertar a população a respeito da importância de cuidados e medidas preventivas contra lesões associadas à repetição. 

Lesões por esforço repetitivo e  distúrbios Osteomusculares é uma síndrome que inclui um grupo de doenças com sintomas como dor nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular e redução na amplitude do movimento. Também constituída por doenças como tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias -, que afetam diretamente os músculos e os nervos do corpo.

Leia mais: LER E Dort: Incapacidade Temporária Ou Permanente Para O Trabalho?

Mecanismos de agressão

Para o empresário e CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, a síndrome é causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetitivos ou que exigem muito esforço na sua execução, como, vibração, postura inadequada no dia a dia e estresse. “Tudo pode influenciar no diagnóstico. Até o sedentarismo está fortemente associado com a esses quadros, sendo a atividade física um ótimo fator preventivo”, explica.

O especialista reforça que o diagnóstico influencia diretamente na execução de atividades laborais diárias, sendo responsável pela maior parte dos afastamentos do trabalho e, consequentemente, pelos altos custos com pagamentos, indenizações e tratamentos. 

“É imprescindível que as empresas atentem a saúde de seus colaboradores para evitar o aparecimento de sintomas que poderiam ter sido evitados com o incentivo à realização de atividades físicas, pela disponibilização de benefícios como Gympass e acompanhamento interdisciplinar com um fisioterapeuta. No decorrer da jornada de trabalho, também é indicado que as instituições contratem um médico especializado na saúde e segurança do trabalho, como um ergonomista, para realizar inspeções e avaliar as condições gerais do local de trabalho”, explica Araujo.

Gabriel Dau

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