Lula se reúne com Haddad para discutir volta de impostos sobre a gasolina

A gasolina e o etanol devem subir de preço a partir de março, depois que acabar o prazo de isenção dos tributos federais sobre esses combustíveis, que termina no dia 28 de fevereiro.

O assunto vai ser a discussão principal da reunião que irá acontecer nesta segunda-feira (27), entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A reunião acontece um dia antes do final do vencimento da desoneração da gasolina.

Fernando Haddad já se mostrou favorável à volta da cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o etanol. O problema está na área política do governo que deseja manter o imposto zerado. Caberá a Lula decidir a quem vai atender, a equipe econômica ou aos políticos.

Para Haddad, o fim da desoneração na gasolina e etanol, aumentará a arrecadação em R$ 28,9 bilhões em 2023.

De acordo com a Medida Provisória (MP), a volta dos impostos federais sobre a gasolina deve acontecer no início de março, enquanto o diesel deve ser reonerado apenas no ano que vem.

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Preço da gasolina

O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) realizou um levantamento onde calculou, no início de janeiro, um impacto de 0,69 centavos por litro no caso de reoneração dos impostos federais para a gasolina. Esse aumento nos combustíveis pode pressionar a inflação.

Para a associação,  a inflação de março pode fechar o mês com alta de 1% se a gasolina for, de fato, reonerada.

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Ala política

O desejo da ala política em manter isenção dos tributos federais sobre esses combustíveis, pode enfraquecer ainda mais o ministro da Fazenda.

O Partido dos Trabalhadores (PT) também tem se manifestado sobre o assunto através de sua presidente, Gleisi Hoffmann. Ela, numa postagem no Twitter, disse que, antes de falar em retomar a cobrança de tributos sobre combustíveis, “é preciso definir uma nova política de preços da Petrobras”. A mudança na política da estatal precisa ser avaliada pelo conselho da empresa.

Jorge Roberto Wrigt

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