Luz vermelha para o varejo: energia mais cara desafia rentabilidade em agosto
A mudança da bandeira tarifária da energia elétrica em agosto, que passa a ser a vermelha patamar 2, preocupa o varejo paulista. O setor será diretamente impactado com o aumento dos custos fixos dos estabelecimentos, já que o benefício do “Bônus de Itaipu”, que deve amortecer o impacto nas contas de consumidores residenciais, não se aplica às empresas comerciais.
De acordo com o Sindilojas-SP, entidade que representa o comércio varejista da capital, a elevação da tarifa ocorre justamente no período do ano em que a estiagem costuma reduzir a produção de energia hidroelétrica, exigindo a adoção das bandeiras tarifárias. O acréscimo previsto para agosto é de R$ 0,07877 por kWh consumido, o maior entre os quatro patamares.
“O comércio é duplamente afetado: além de arcar com uma conta de luz mais cara nos próprios estabelecimentos, também sente os reflexos no consumo das famílias, que passam a ter menos renda disponível. A boa notícia é que, com o crédito gerado pela Itaipu, o consumidor final terá algum alívio. Ainda assim, é mais uma pressão sobre o setor”, afirma Aldo Nuñez Macri, presidente do Sindilojas-SP.
Segundo dados da entidade, se considerado um pequeno varejista com consumo médio de 800 kWh por mês, a conta pode saltar de R$ 580,00 (bandeira verde) para R$ 643,02 (vermelha 2) — um aumento de 10,86%. Embora o “Bônus de Itaipu” vá amenizar o custo da fatura para 97% dos consumidores residenciais, o setor comercial ficará de fora dessa compensação.
Macri ainda alerta que períodos como esse reforçam a importância do planejamento financeiro por parte dos comerciantes. “Quem já se antecipou a esse tipo de cenário, trocando equipamentos por versões mais eficientes ou ajustando hábitos de consumo, vai conseguir lidar melhor com o impacto. A conta de luz tem um peso importante no orçamento das lojas, principalmente nas pequenas”, completa.
A entidade orienta o setor a adotar boas práticas para conter os efeitos do aumento, como manutenção preventiva de equipamentos, uso racional da iluminação e revisão do consumo em áreas internas ou administrativas. Também recomenda atenção especial ao período de maio a setembro, quando a estiagem costuma pressionar os custos da energia elétrica.
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