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Máfia do ISS: auditores fiscais são condenados por improbidade

Autor: Ana Luzia Rodrigues

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A 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação por improbidade administrativa, proferida pela 16ª Vara da Fazenda Pública Central da Capital, de quatro auditores fiscais que receberam propina de  uma construtora para reduzir ISS de empreendimentos e conceder outras vantagens.

 As penalidades incluem perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por dez anos, proibição de contratar com o Poder Público e receber benefícios ou incentivos fiscais e tributários pelo mesmo período. Além de perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, estipulados em R$ 20.500 para cada, e multa civil correspondente ao triplo desse valor.

Segundo os autos, após o recebimento da propina (ato documentado em planilha criada pelos próprios réus), os servidores expediram “Habite-se” e certificado de quitação tributária em prazo muito menor que o de costume. 

Além de recolherem o ISS com valor indevido para dois empreendimentos da construtora na capital paulista, com prejuízo estimado em mais de R$ 250 mil ao erário.

A relatora do processo foi a desembargadora Maria Fernanda de Toledo Rodovalho que afastou a tese de que a construtora teria sido coagida pelos auditores fiscais. Em sua decisão,  Maria Fernanda afirma que os auditores tinham plena consciência de que estavam infringindo a lei. A decisão foi por unanimidade.

Leia também: Crimes tributários: consequências e como evitar

O que é improbidade administrativa?

A improbidade administrativa nada mais é que um ato ilícito caracterizado pela Lei nº 8.429/92. Ela se refere, de maneira geral, às ações praticadas pelo agente público que vão de encontro direto à conduta exigida pela Administração Pública. 

O agente público é um indivíduo que presta serviços àquele órgão, mesmo que não seja um funcionário público. No caso citado, são os auditores fiscais.

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

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