Imagem por @ijeab / freepik
E-commerce e marketplace são conceitos que fazem parte importante do universo dos negócios digitais. As compras na internet seguem uma aceleração crescente, e ainda parece haver muito crescimento potencial quando se pensa no que está por vir ao longo dos próximos anos. Por isso, é fundamental entender algumas das principais diferenças entre esses tipos de plataformas que permitem realizar vendas pela internet, para escolher qual delas melhor atende à necessidade de sua organização.
Por incrível que pareça, ainda há muitas pessoas que confundem os conceitos, possuindo pouca clareza acerca de semelhanças e diferenças entre ambos. A escolha entre um ou outro influencia diretamente a estratégia, a imagem da sua marca, o relacionamento com o público, a lucratividade, a visibilidade na internet etc. O ideal é analisar as características de cada um e optar pelo modelo mais vantajoso para o seu negócio.
Partindo para algumas definições iniciais, o e-commerce “puro” seria uma loja on-line própria, que permita transações pela internet, em geral exclusiva de uma marca. Já o marketplace funciona como um shopping virtual, em que várias lojas (de diferentes “donos”) vendem produtos no mesmo lugar, sob a coordenação de uma empresa que controla o “mercado” (plataforma).
Entretanto, é possível dizer que “E-commerce” vai ao encontro de um conceito muito mais amplo. Na teoria, abarca todo tipo de comércio realizado por meios digitais, incluindo os próprios marketplaces. Pode ser 100% automatizado, com tramitação de pedidos de forma digital, de ponta a ponta, ou pode contar com operações de venda assistida, em que a conclusão da compra se dá por meio de um chat on-line ou qualquer outro canal integrado ao site. Também há autores e empresas que usam o termo “e-commerce” para denominar canais digitais que geram leads comerciais para posterior fechamento em outros meios de venda da transação.
Já um marketplace é o análogo digital de um mercado que existe no mundo físico. Ou seja, um espaço digital que agrega diversas lojas de vendedores (“sellers”) e recebe um fluxo variado de consumidores. Os marketplaces são caracterizados pelo denominado “efeito de rede”: quanto mais “lojistas” interessados em vender seus produtos ou serviços e mais consumidores interessados em buscar num marketplace específico a resolução de suas dores, mais intensiva será a troca de informações e as transações, e mais valioso/poderoso o marketplace se tornará.
Um site de e-commerce, para ser bem-sucedido, precisa no mínimo uma boa usabilidade, visibilidade da marca de maneira orgânica ou paga, ser simples para fechar negócios e ajudar os consumidores a encontrar rapidamente o que estão buscando.
Já para se apostar em um marketplace, em adição a essas necessidades de operação de um e-commerce de sucesso, será necessário alto volume de investimentos para cadastrar sellers (vendedores do “mercado”) continuamente, ampliando o número de ofertas disponível na plataforma. Do mesmo modo, haverá necessidade de aportes massivos em marketing/mídia para atrair usuários e consumidores em potencial, tornando a presença no marketplace (comissionada) mais atraente. Os melhores marketplaces oferecem apoio com serviços de marketing, operação de mídia, logística, pós-venda e soluções financeiras para seus sellers – a custos que muitas vezes podem ser interessantes, se comparados ao desenvolvimento necessário para ter toda uma operação similar independentemente.
Vale destacar que, para fazer a melhor escolha, o empreendedor deve buscar conhecimentos no mínimo iniciais nas áreas de marketing digital, tecnologia, analytics/análise de dados, gestão financeira e de estoques, operações logísticas, atendimento em redes sociais, CRM e técnicas de design e usabilidade. Trata-se de um aspecto muito importante, pois ajudará a melhorar os retornos dos investimentos em ambas ou quaisquer dessas plataformas.
A disponibilização pela marca dos dois formatos de comércio virtual, seja uma plataforma de e-commerce próprio, seja a presença em marketplaces (próprio ou de terceiros) poderá vir a ser muito vantajosa para a maior parte dos negócios, a não ser que as taxas para operar em algum “shopping virtual” afetem demais a rentabilidade. O e-commerce permite a gestão da operação própria e o domínio integral da jornada do cliente, enquanto um marketplace operado por terceiros possibilita ampliar a presença digital da marca e a geração de resultados, bem como ainda trazer novas fontes de receita e tráfego de clientes.
Como se vê, há muitas possibilidades quando o assunto envolve esses dois modelos de negócio. Por isso, é importante compreender que um canal pode complementar o outro, mas o fator crucial para a tomada de decisão é entender profundamente o posicionamento de sua marca, as formas de monetização de seu negócio, e as demandas e necessidades de seus clientes. Testar continuamente e ter a consciência das complexidades de gestão nesses tipos de operação ajuda na busca de melhores resultados. Além disso, apostar sempre em inovação e ressignificar as estratégias no decorrer do percurso também são iniciativas que ajudam a trilhar um caminho positivo de evolução das vendas – e dos resultados, por extensão – no universo digital.
Por Fernando Moulin é partner da Sponsorb, empresa boutique de business performance, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente.
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…