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Microempreendedoras não receberam renda básica emergencial
Mulheres que fazem parte da RME e se encaixam nos requisitos para pedir a renda básica emergencial relatam que o socorro do governo não chegou até elas. Além da solicitação estar em análise há dias, o acesso a crédito em instituições privadas também está difícil, como detalha reportagem do a RádioagênciaNacional. Muitas já fecharam o negócio, demitiram trabalhadores fixos ou freelas e algumas confessaram que estão dependendo de familiares para se alimentar e continuar pagando as contas.
Uma pesquisa da RME aponta que a maioria das empreendedoras (52%) têm filhos. E para 40% delas, a renda do seu negócio é a principal fonte de renda da casa. Elas empreendem em busca de flexibilidade de horários para passar mais tempo com a família e qualidade de vida, enquanto os homens são motivados por oportunidades de negócio e maior renda.
Os negócios liderados por mulheres também são menores: 50% deles faturam até R$ 2,5 mil por mês, contra 38% dos negócios de homens ganhando a mesma cifra. Além disso, um outro fator facilmente observável e apontado pela pesquisa é a área escolhida para empreender. 61% dos negócios liderados por mulheres, estão na área de serviços (especialmente conforto) e 15% na área de indústria (especialmente artesanato), setores de maior competição e menor rentabilidade.
Com o fechamento dos comércios, o isolamento social e o estado de calamidade pública mais uma faceta da desigualdade de gênero no Brasil se apresenta. Segundo relatos, elas se sentem desamparadas tanto por instituições que são autorizadas a concederem crédito, quando pelo governadores. Uma enquete feita no grupo Empreendedoras, criado pela RME onde muitas mulheres donas de negócios interagem diariamente, foi respondida por 400 mulheres. 161 mulheres falaram que são MEI, não receberam a Renda Básica Emergencial e não sabem o porquê.
“Me pediu novamente para refazer e entrei em análise pela terceira vez! Já estou sem esperança. Meu esposo também teve o auxílio negado”, disse uma das empreendedoras.
O W20, grupo com lideranças femininas dos 20 países desenvolvidos e emergentes, criado pelo G20 para promover a igualdade de gênero sugeriu que oferecer “segurança econômica para mulheres donas de pequenas empresas (PMEs), incluindo isenções fiscais, suspensão de aluguéis e empréstimos para mulheres trabalhadoras e empreendedores freelancers” podem ser boas ações para reduzir os impactos da crise. O dinheiro precisa chegar na ponta.
Outra pesquisa, esta feita recentemente pelo Sebrae, com coleta entre os dias 3 e 7 de abril deste ano, afirma que para minimizar a crise o governo para 52% dos respondentes, o governo poderia conceder empréstimo sem juros; para 50%, um auxílio temporário para subsistência do empresário poderia resolver; 34% apontaram redução de impostos como uma solução; e 34% pedem ampliação das linhas de crédito.
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