Contabilidade
Nova Nota Fiscal Nacional: o desafio (e a urgência) de modernizar os sistemas fiscais até 2026
Por Marcos Tadeu Junior, CEO da Invent Software
A contagem regressiva já começou. A partir de julho de 2025, começa a fase de testes da nova Nota Fiscal Eletrônica Nacional (NF-e Nacional), que substituirá os sistemas estaduais de emissão de documentos fiscais.
A obrigatoriedade será nacional em 2026. Embora essa mudança venha alinhada aos princípios de simplificação da Reforma Tributária sancionada em 2024, ela exige uma revisão da infraestrutura fiscal das empresas — e o prazo é mais apertado do que parece.
A transição para a NF-e Nacional é necessária, mas não simples. Unificar a emissão fiscal em um país com tamanha complexidade tributária exige uma preparação técnica, e ainda há muitas empresas que sequer começaram esse processo. Estamos falando da reconfiguração de sistemas que, atualmente, processam milhões de documentos por dia, com diferentes regras conforme o estado de origem da empresa.
Além de concentrar em um único modelo nacional a emissão da NF-e (modelo 55) e da NFC-e (modelo 65), o novo sistema já nasce adaptado à lógica da Reforma Tributária. Ele traz campos próprios para os dois novos tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirão tributos como PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS.
O grande alerta, no entanto, é que o novo modelo conviverá com o atual até 2033. Isso significa que, por quase uma década, as empresas terão que operar dois regimes fiscais em paralelo. Será necessário parametrizar ERPs, reestruturar regras de validação, recalibrar cálculos e adaptar toda a jornada fiscal para manter conformidade com ambos os sistemas. Tudo isso enquanto ainda pairam dúvidas sobre pontos-chave, como a alíquota definitiva da CBS e do IBS, que pode ultrapassar 25%, segundo projeções.
O lado positivo é que o novo modelo promete uma cadeia de créditos mais eficiente e transparente, com menor cumulatividade e maior previsibilidade. Mas isso só será possível se os sistemas estiverem preparados para suportar essa nova lógica.
Por isso, o momento de agir é agora. Empresas que deixarem essa adaptação para o último momento correm riscos reais de autuações, inconsistências fiscais e perda de produtividade.
Sobre a Invent
A Invent é líder no desenvolvimento de softwares que otimizam a gestão fiscal, bancária, de recursos humanos e de contratos das empresas. Com mais de 4 mil clientes no Brasil e na América Latina, as soluções da Invent transacionam cerca de 3% do PIB com alta performance e segurança.
Leia também:
- Receita Federal alerta contribuintes para novo golpe
- Outubro das PMEs: 3 em cada 4 novos negócios nascem pequenos e já digitais
- Receita Federal libera leilão online com produtos abaixo do preço
- Estudo da Thomson Reuters aponta tecnologia e parceiros especializados como fatores decisivos para o sucesso na reforma tributária
- Especialistas em Revisão Tributária Buscam Parceiros
-
Contabilidade1 dia ago
CFC convoca a classe contábil para aderir ao Redam
-
Simples Nacional1 dia ago
Atualizadas as regras do Simples Nacional. Veja as mudanças!
-
Fique Sabendo2 dias ago
Pix automático passa a valer. Veja como funciona
-
Contabilidade2 dias ago
Contabilidade: 2 obrigações vencem essa semana. Atente aos prazos!
-
Negócios1 dia ago
Planejamento para 2026 – O que toda empresa precisa avaliar antes de traçar metas e estratégias
-
Imposto de Renda5 dias ago
Contribuintes na malha fina devem se regularizar com urgência. Fisco emite convocação
-
Imposto de Renda5 dias ago
Nova tabela do IR 2026: o que muda no salário, aposentadoria e rotina contábil?
-
Fique Sabendo1 dia ago
Pix Automático torna-se obrigatório e promete facilitar a vida do MEI