Reforma Tributária: Lei Complementar traz nova regra
A reforma tributária, solução para simplificar a tributação sobre o consumo, apresenta desafios significativos para o empresário brasileiro, especialmente em 2026, com os primeiros testes da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
A promessa de um sistema tributário eficiente, com início em 1º de janeiro de 2026, é acompanhada por incertezas jurídicas, dúvidas sobre alíquotas reduzidas, compensação com PIS/Cofins e adaptação às novas regras.
Em 2026, empresas informarão nas notas fiscais valores de alíquotas simbólicas (0,9% para CBS e 0,1% para o IBS), que poderão ser usados para compensar PIS/Cofins e outros tributos federais. Apesar de servir para o governo testar o modelo, este período representa mais complexidade e inseguranças para o contribuinte.
Setores como o de alimentos temem aumento de preços de produtos essenciais com a unificação do IVA, afetando o poder de compra e as vendas. O Imposto Seletivo (IS) sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas, também preocupa.
A reforma tributária ainda é um tema sensível e inseguro para contribuintes, advogados e contadores. O primeiro ano pode trazer mais questionamentos do que respostas, aumentando o risco de disputas judiciais.
O novo modelo tributário trará mudanças na dinâmica empresarial, com a gestão de créditos tributários (valores que empresas podem descontar dos impostos a pagar) como ponto central.
A reforma garante o ressarcimento dos créditos acumulados pelos tributos atuais. Créditos de PIS e Cofins poderão ser compensados com a CBS ou outros tributos federais, ou devolvidos em dinheiro. Já os créditos de ICMS homologados poderão ser compensados com o IBS em até 240 parcelas mensais, com correção monetária, a partir de 2033. Apesar disso, os desafios práticos da transição ainda são incertos.
A extinção de tributos como PIS, Cofins, IOF/Seguros e isenção de IPI (exceto para produtos industrializados na Zona Franca de Manaus) está prevista para 2027. O IBS seguirá em fase de testes, e a simplificação tributária dependerá de regulamentações e novos Projetos de Lei.
Nos anos seguintes, ICMS e ISS serão gradualmente substituídos pelo IBS, com alíquotas decrescentes para os tributos tradicionais e crescentes para o IBS. A implementação total está prevista para 2033.
A reforma tributária ainda levará tempo para atingir seus objetivos de simplificação, redução da burocracia, transparência, eficiência, competitividade e crescimento econômico.
Para o contribuinte, a melhor estratégia é acompanhar cada etapa da implementação e garantir a conformidade com o novo sistema. Afinal, a Reforma Tributária representa uma mudança estrutural significativa no sistema, bem como nos negócios das empresas brasileiras.
A grande questão é: o empresário brasileiro está preparado para estas mudanças?
*Renata Elaine Ricetti Marques é advogada pós-doutora em Direito Tributário pela USP, autora do livro “Curso de Decadência e de Prescrição no Direito Tributário: Regras do Direito
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…