Como comprovar tempo de trabalho sem carteira assinada / Imagem canva pro
No cenário jurídico atual, uma importante decisão foi tomada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre as condições em que doenças laborais podem ser tratadas como acidentes profissionais. Essa decisão impacta diretamente trabalhadores que sofrem de doenças adquiridas no ambiente laboral, como a lesão por esforço repetitivo (LER), entre outras condições.
No entanto, um ponto crucial da decisão é que doenças laborais não são, automaticamente, consideradas acidentes de trabalho para fins de cobertura de seguro de vida ou compensações financeiras.
As doenças laborais são condições de saúde que se desenvolvem devido a atividades exercidas em um ambiente profissional. Isso inclui lesões causadas por movimentos repetitivos, exposição a agentes nocivos, estresse excessivo e outras condições que podem afetar diretamente a saúde do trabalhador. Entre os exemplos mais comuns estão problemas de coluna, distúrbios musculoesqueléticos e doenças respiratórias.
No entanto, o grande desafio é que, para muitos trabalhadores, essas doenças não são consideradas como “acidentes de trabalho” no contexto jurídico, o que dificulta a obtenção de benefícios como o seguro de vida ou a compensação por invalidez.
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Recentemente, o TST decidiu que doenças laborais, como a lesão por esforço repetitivo, não devem ser tratadas como acidentes para efeitos de cobertura de seguro de vida ou indenizações. A decisão foi firmada durante o julgamento de um incidente de resolução de demandas repetitivas, o que significa que o entendimento foi consolidado para situações semelhantes no futuro.
O TST argumenta que a categoria de “acidente de trabalho” está restrita a eventos repentinos que causam danos ao trabalhador, como quedas ou acidentes com máquinas. Por outro lado, doenças que se desenvolvem ao longo do tempo devido às condições de atividade laboral, como é o caso da LER, não se encaixam nesse conceito.
Essa decisão tem implicações significativas para muitos trabalhadores. Aqueles que sofrem de doenças adquiridas na atividade profissional, mas que não são classificadas como acidentes, podem enfrentar grandes dificuldades ao buscar compensações financeiras ou benefícios como os devidos por acidente laboral. Isso significa que, se um trabalhador desenvolver uma doença devido às condições, mas essa doença não se qualificar como um acidente, ele não terá direito a certos tipos de cobertura ou seguro.
Isso pode impactar diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores, que podem não receber compensações financeiras adequadas para lidar com as dificuldades que enfrentam devido às doenças relacionadas ao trabalho.
Para as empresas, a decisão reforça a necessidade de garantir ambientes saudáveis e de adotar medidas preventivas para proteger a saúde de seus colaboradores. Embora as empresas não sejam responsáveis por doenças laborais que não se qualifiquem como acidentes de trabalho, elas têm a obrigação de criar um ambiente seguro, de promover treinamento e conscientização sobre práticas saudáveis e de fornecer equipamentos de proteção adequados.
A decisão do TST, embora tenha sido vista como uma forma de limitar a compensação financeira para doenças relacionadas à atividade profissional, também traz à tona a necessidade de novas discussões sobre os direitos dos trabalhadores. Afinal, se as doenças causadas por condições de trabalho não são tratadas como acidentes, isso pode deixar muitos trabalhadores sem a devida proteção.
Além disso, esse cenário também destaca a importância de políticas públicas que visem melhorar as condições profissionais em diversas áreas, além de um maior suporte para os trabalhadores que desenvolvem doenças por conta de suas atividades profissionais.
Enquanto essa decisão do TST estabelece que doenças laborais não são, de maneira geral, tratadas como acidentes para fins de compensação financeira ou cobertura de seguro, ela também chama a atenção para a necessidade de mais proteção para os trabalhadores.
Garantir a segurança e o bem-estar no ambiente profissional é essencial para que tais condições de saúde não se desenvolvam em primeiro lugar. As empresas devem se atentar à criação de ambientes mais saudáveis e ao cumprimento de normas de segurança para prevenir doenças que possam impactar seus colaboradores.
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