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Os 3 principais erros que profissionais da saúde cometem ao iniciar sua carreira — e como evitá-los

Após anos de estudos, plantões, estágios e provas, você finalmente conquistou seu CRM e está pronto para atuar na profissão dos seus sonhos. Mas, junto com a conquista, vêm uma série de decisões financeiras e burocráticas: abrir empresa ou seguir como autônomo? Qual conta bancária usar? Qual regime tributário escolher?

É nesse momento que muitos profissionais tropeçam. Optar por modelos fiscais mais simples ou com aparência de menor carga tributária, sem planejamento estratégico, pode custar caro — seja em impostos, em oportunidades de crédito ou em limitações para crescer no futuro.

Entender que sua carreira é, sim, uma empresa, e que contar com o apoio de uma contabilidade especializada na sua área pode evitar prejuízos antes mesmo do primeiro atendimento, é um diferencial que faz toda a diferença.

A seguir, listamos os erros — evitáveis — mais comuns entre profissionais em início de atuação que procuram a contabilidade pela primeira vez:

1. Misturar finanças pessoais e profissionais

Receber pagamentos na conta pessoal e usá-los para tudo pode parecer simples, mas essa prática dificulta a visualização da saúde financeira do negócio, impede o controle real sobre custos e inviabiliza avaliar se há margem para investir.

Imagine, por exemplo, uma médica recém-formada atendendo como PJ em uma clínica. Os valores recebidos caem via Pix na mesma conta que ela já usa há anos. Com esse dinheiro, paga o cartão, o aluguel e compra materiais para o atendimento — tudo misturado. Quando decide abrir seu próprio consultório e solicita crédito ao banco, percebe que não tem como comprovar renda empresarial. Separar as finanças retroativamente é trabalhoso e, muitas vezes, inviável.

Mesmo quem tenta manter contas separadas, sem acompanhamento, pode acabar misturando aos poucos: em uma emergência, usa a conta da empresa para pagar uma despesa pessoal; depois, faz saques sem critério ou transferências sem planejamento. Sem um pró-labore definido e sem controle, a fronteira entre o que é pessoal e o que é do negócio vai se apagando.

Contar com uma contabilidade consultiva desde o início ajuda a estruturar o negócio, manter o caixa organizado e criar bases sólidas para crescer.

2. Escolher o regime tributário pela menor alíquota, sem planejamento

Outro erro recorrente é optar automaticamente pelo Simples Nacional, por parecer mais prático e menos custoso. Essa decisão, muitas vezes tomada sem apoio profissional, pode parecer vantajosa à primeira vista, mas nem sempre é a melhor escolha.

Imagine um cirurgião-dentista que fatura mais com procedimentos do que com consultas e investe em equipamentos com frequência. No Lucro Presumido, com planejamento, ele poderia deduzir despesas, reduzir a carga tributária e aumentar sua margem.

A escolha do regime deve levar em conta o perfil da atuação, o tipo de serviço prestado, os custos e o faturamento estimado. Sem uma análise criteriosa, é fácil acabar pagando mais imposto do que o necessário.

3. Tratar a contabilidade como um mal necessário

Ver a contabilidade apenas como uma obrigação para manter o CNPJ ativo ou declarar impostos é, talvez, o maior desperdício de um recurso estratégico que você pode cometer como gestor do seu negócio.

Quando bem feita, a contabilidade é uma aliada. Permite visualizar riscos, identificar oportunidades e projetar o crescimento com clareza e segurança. Decisões como contratar um funcionário, ampliar a estrutura ou investir em novos equipamentos se tornam muito mais assertivas quando baseadas em dados contábeis.

Muitos profissionais procuram a contabilidade querendo encerrar o CNPJ — muitas vezes aberto por conta própria — para atuar como autônomos no CPF, por acreditarem que estão pagando impostos demais. Em boa parte das nossas conversas iniciais, ouvimos frases como: “A ideia é reduzir os custos agora para juntar dinheiro e abrir um consultório no futuro.”

Com uma consultoria contábil, planos como esse viram projetos. Muitas vezes, basta ajustar o modelo de empresa e reestruturar os tributos para tirar o sonho do consultório próprio do papel — com saúde financeira, pessoal e profissional, em equilíbrio.

Quanto antes você entender esse valor, mais cedo começará a crescer com consistência.

Está começando sua jornada e não quer cometer esses erros?

A Pigatti Contabilidade Médica atua há mais de 65 anos apoiando profissionais da saúde na construção de negócios sólidos e expansíveis. Entre em contato com nosso time pelo site ou pelos canais de atendimento.

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Mariana Freitas

Há 2 anos faz parte da equipe de Redação e Marketing do Jornal Contábil, colaborando com a criação de conteúdo, estratégias de engajamento e apoio no fortalecimento da presença digital do portal.

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