Os erros de gestão em uma empresa familiar podem não gerar impactos no presente, mas cedo ou tarde cobram seu preço. A Pesquisa Global de Empresas Familiares 2016, da consultoria PwC, revela que mais da metade dos empreendimentos em família do Brasil não conta com um plano de sucessão, ou seja, não pensa no seu futuro.
Para tornar o quadro ainda mais preocupante, dos 2.802 representantes entrevistados, um terço diz que se sente vulnerável diante da recente disrupção digital. Em outras palavras, significa que uma parcela expressiva dessas empresas não sabe o que fazer, considerando o escalada tecnológica nos negócios.
As fragilidades expostas são apenas a ponta do iceberg, já que, além dos números, a experiência comprova erros recorrentes. Os cinco mais graves — e suas possíveis soluções — você vai conhecer agora. Será que sua empresa se identifica?
Um dos erros de gestão mais comuns e nocivos à sobrevivência de uma empresa familiar é não gerir as contas conforme princípios contábeis e financeiros. Embora não seja privilégio desse tipo de negócio, como mostra um estudo de caso no estado do Espírito Santo, é fato que, entre parentes, a questão torna-se mais sensível.
O que se observa em boa parte dos casos é a total ausência de mecanismos de controle e gestão financeira elementares, tais como:
A falta de ferramentas de planejamento e de controle financeiro, na verdade, é reflexo de um outro problema grave. Trata-se da inexistência de regras e procedimentos nos negócios, como abordaremos a seguir. Antes, uma dica: no fim da leitura, acesse o nosso artigo para saber ainda mais sobre separação de contas na sua empresa.
Veja o que diz o diretor executivo da empresa familiar AZRB, Dato Roslan, na já citada pesquisa da PwC: “Chegamos onde estamos sendo bastante flexíveis e empreendedores, mas há um momento em que você precisa de regras. Tínhamos muitas regras não escritas, mas elas acabaram ficando para trás(…)”.
Perceba que, embora o líder até revele que existiam normas, com o tempo, elas tornaram-se obsoletas. Ou seja, deixaram de atender aos objetivos de negócio. Por mais que membros de uma família se conheçam muito bem e até se expressem só pelo olhar, é fundamental estipular normas e procedimentos claros em uma empresa.
Afinal, cedo ou tarde, farão parte do negócio pessoas que não são da família e que precisam saber exatamente o que fazer e o que não fazer. No contexto empresarial, estipular regras significa não apenas determinar posturas e modos de convivência, mas também processos. Cabe, portanto, responder honestamente a estas perguntas-chave:
Se em pelo menos um dos itens destacados você detectou que sua empresa não traçou regras ou diretrizes claras, então é hora de assumir as rédeas do negócio. Para isso, é muito importante contar com a ajuda de uma consultoria em RH, que ajudará a mapear os pontos fracos ou os que precisam, de alguma forma, serem remodelados.
Como você acaba de ver, a reestruturação de uma empresa familiar não é tarefa que deva ser levada adiante sem ajuda. Os erros de gestão se repetem, em grande parte, porque os líderes não têm know how administrativo, ou seja, conhecem muito da parte operacional, mas não sabem como organizar uma empresa.
Algo parecido acontece quando um negócio é aberto em função da necessidade e não porque seu criador tenha enxergado uma oportunidade a ser explorada. Como o foco é fundamentalmente a subsistência, há uma propensão para que os aspectos gerenciais sejam negligenciados. Com o tempo, o produto ou serviço perde competitividade, afinal, o mercado evolui sem parar.
Assim, você deverá, em primeiro lugar, aprimorar suas próprias competências gerenciais, por meio de cursos ou mesmo com uma graduação. Não menos importante é recorrer ao auxílio de especialistas, como consultores contábeis, de marketing, finanças e todas as áreas relacionadas ao seu negócio. Time do “eu sozinho” não ganha jogo, lembre-se disso!
No Índice Global de Inovação, divulgado pela Universidade de Cornell e pela Escola de Negócios Insead, o Brasil aparece na modesta 69ª posição. O que sua empresa tem a ver? Considere que 40% do Produto Interno Bruto brasileiro vem dos negócios familiares, que correspondem a 75% das empresas do Brasil, como aponta estudo encomendado para o ENEF (Encontro Nacional de Empresas Familiares).
Logo, é justo dizer que a falta de inovação está ligada ao conservadorismo e à falta de visão estratégica de uma parte do empresariado brasileiro que ainda não atentou para a sua importância. Novamente, a saída é investir em formação e conhecimento, da mesma forma que buscar o apoio de especialistas na área.
Negócios em família têm, em regra, um alto potencial de geração de conflitos. Não seria diferente, já que entre parentes as divergências normalmente ficam muito mais expostas. Um dos pontos de ebulição, nesse sentido, é a falta de um plano sucessório que garanta a continuidade do empreendimento, caso os líderes — matriarcas ou patriarcas — venham a deixar a empresa.
Trata-se não só de um dos erros de gestão comuns, mas de uma falha que pode ser decisiva e colocar em risco a existência da empresa. Uma disputa fratricida, na maioria das vezes, tem como desfecho a dilapidação do patrimônio, uma vez que cada lado busca garantir uma fatia maior do “bolo”.
Nesse caso, sua empresa familiar deverá contar com o respaldo de advogados e especialistas em sucessões, para garantir que o comando do negócio seja continuado e erros de gestão sejam evitados. O fundamental é assegurar a satisfação dos entes envolvidos com a empresa, evitando disputas que poderiam ser desastrosas no futuro. Seja estratégico e antecipe-se!
Agora que você conhece mais sobre os erros mais comuns, que tal mostrar que você domina o assunto e ajudar outros a entenderem também? Compartilhe em suas redes sociais e ajude a ampliar o debate!
Conteúdo via Fazenda Contabilidade
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