Ovos de Páscoa / Imagem: Freepik
A Páscoa no Brasil se tornou sinônimo de um dilema econômico: como justificar que um simples ovo de chocolate custe, em alguns casos, mais que um dia de trabalho de um brasileiro médio? Enquanto em países como Estados Unidos, Alemanha e até mesmo Argentina os consumidores encontram opções acessíveis, o Brasil segue como um dos mercados mais caros do mundo para ovos de Páscoa.
Mas o que explica essa disparidade? Carga tributária alta e uma indústria que ainda trata o chocolate como artigo de luxo são alguns dos fatores. Este artigo investiga os números, compara preços internacionais e mostra como os impostos transformaram os Ovos de Páscoa em um luxo inalcançável para milhões de famílias.
Brasil: Ovos de Páscoa a Preço de Ouro
Uma pesquisa em redes varejistas brasileiras em abril de 2025 revela que:
Para piorar, a inflação acumulada nos últimos anos pressionou ainda mais os preços. Em 2021, um ovo de 250g da Lacta custava cerca de R$30,00 hoje o mesmo produto custa em média R$70,00 um aumento de 133% em quatro anos.
Estados Unidos
Europa (Alemanha e França)
Argentina (mesmo continente, realidade diferente)
Ou seja, enquanto um brasileiro paga R$70,00 em um ovo de páscoa de uma marca popular de 250g, um argentino compra o mesmo produto por R$60,00, enquanto um americano por R$50,00 e um alemão por R$40,00.
A Alta Carga Tributária Sobre o Chocolate
O Brasil é um dos países que mais tributam alimentos industrializados, e o chocolate não foge à regra. Um ovo de Páscoa acumula impostos em todas as etapas:
Resultado: Estima-se que cerca de 40% do preço final de um ovo de Páscoa no Brasil seja composto por impostos.
Nos EUA, a alíquota média sobre chocolates fica em 6% a 10%. Na Europa, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) para alimentos básicos como chocolate varia entre 7% e 20%, mas muitos países aplicam taxas reduzidas.
Enquanto no resto do mundo os ovos de Páscoa são vistos como um produto acessível, no Brasil eles se tornaram um produto de luxo. A combinação de altos impostos, custos logísticos e concentração de mercado faz com que o consumidor brasileiro pague um dos preços mais caros do mundo por um produto que, em tese, deveria ser simples.
Por Lucas de Sá Pereira, contador , e colunista do Jornal Contábil e criador do instagram @contadorlucaspereira
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