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Participação feminina em altos cargos ainda é baixa

O Dia Internacional da Mulher se aproxima, com muitas conquistas para se comemorar, mas ainda importantes reflexões a serem feitas sobre a participação delas no mercado de trabalho.

Claro que a presença feminina tem aumentado ao longo dos anos. No entanto, continuam existindo disparidades em relação à equidade de oportunidades e salários.

Por isso, o tema sugerido pela ONU, para o debate deste ano, em 8 de março, é bastante oportuno: “Mulheres na liderança: alcançando um futuro igual em um mundo de Covid-19”.

O intuito é reforçar, entre outros aspectos, que a pandemia evidenciou a eficácia superior da contribuição de profissionais de saúde, organizadoras comunitárias, líderes empresariais e chefes de Estado no enfrentamento da crise global.

O CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga, argumenta que essa percepção reflete habilidades e competências que são, usualmente, inerentes às mulheres.

“Diversas são as pesquisas, realizadas globalmente, comprovando que elas são mais empáticas, melhores em processos de coaching e mentoria, além de ter alta capacidade de influência, liderança e gestão de conflitos.

Ainda são versáteis, têm grande adaptabilidade e se destacam em trabalho em equipe, negociação e orientação para resultados”, pontua.

Também costumam ser mais otimistas que os homens e, pela capacidade de ser multifunção, atuam, com maestria, nas rotinas de cuidar do emprego, da casa e dos filhos.

Apesar disso, o número das profissionais em posições estratégicas, no mundo corporativo, continua baixo. “Então, fica a pergunta: com tantas competências, por que as corporações, em muitos casos, insistem em não aumentar efetivamente a quantidade de mulheres em todas as posições?

Afinal, elas são capazes de entregar qualquer resultado esperado pelas empresas, desde que bem preparadas”, argumenta Braga. Ele defende que é essencial “elevar o discurso” e que o tema da igualdade de gêneros deve ser tratado ao longo de todo o ano, inclusive, nos Conselhos de Administração e pelos presidentes.

De acordo com o headhunter, não há mais espaço para companhias que têm práticas machistas e excludentes em pleno ano de 2021.

“Cada vez mais, em processos seletivos, o desejo pela diversidade, nas diversas esferas e, sobretudo, de ideias, é crescente. Não tratar dessa questão é estar fadado ao fracasso e à falência, uma vez que o público consumidor é diverso e cobra isso das organizações com veemência.

Além disso, apropriar-se da sensibilidade, sensatez e assertividade femininas pode ser o diferencial que muitas empresas precisam para sobreviver aos próximos tempos, se reinventando dia após dia”, enfatiza.

Em paralelo, ele observa que o mercado de trabalho exige profissionais competentes e com o máximo de habilidades possíveis, independentemente de gênero, raça e demais fatores. Sendo assim, as mulheres apresentam condições suficientes para se posicionar e competir.

Basta que tenham competências, habilidades e repertório técnico nas áreas em que atuam para que possam, cada vez mais, assumir escopo e posições de maior complexidade.

“É preciso entender que o processo de mudança não acontece da noite para o dia, e é fundamental ter consistência, resiliência e, sobretudo, competências”, conclui.

A implementação de políticas público-privadas que garantam direitos e deveres iguais a homens e mulheres, a exemplo da ampliação da licença-paternidade, também é relevante para que a mulher tenha as mesmas condições de competitividade.

Esther Vasconcelos

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