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Pesquisa aponta insatisfação com a implantação do Bloco K

Autor: Ricardo de Freitas

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Em janeiro de 2017 começa a vigorar o Bloco K, uma ferramenta nova de fiscalização do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e que pretende integrar os controles internos da empresa referentes à contabilidade, finanças, departamento fiscal e setores operacionais, como compras, vendas, produção e logística. Todas as indústrias do Brasil fora do Simples Nacional e do MEI precisarão entregar o Bloco K ao Fisco, conforme calendário.

Uma enquete feita pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP) com empresários de contabilidade em todo o Estado revelou insatisfação com a nova exigência. Para a maioria (32%) dos entrevistados, o Bloco K resultará em mais burocracia e custos para as empresas. Outros 31% advertem que a crise tem sido um grande entrave para as adequações, visto que a obrigação fiscal exige a aquisição de software de gestão empresarial integrado e treinamento específico de pessoal.

Márcio Massao Shimomoto, presidente do Sescon-SP, explica que a maior dificuldade tem sido a mudança de cultura nas empresas. “É preciso ajustar o negócio a uma nova realidade, integrando controle contábil e gestão de estoque de produtos e insumos. A partir do próximo ano, toda movimentação precisará ser registrada e muitas empresas não estão preparadas para isso, nem fisicamente, financeiramente ou culturalmente”, avalia.

Ainda de acordo com a enquete, é provável que uma parcela considerável das empresas (23%) deixe para a última hora as mudanças necessárias para atender às normas do Bloco K. Apenas 14% das organizações enquadradas na primeira etapa de implantação estão preparadas.

Pelo cronograma, as indústrias com faturamento acima de R$ 300 milhões por ano devem entregar o Bloco K preenchido a partir de janeiro de 2017. Atacados em qualquer faixa de faturamento e indústrias com receita bruta até R$ 78 milhões terão até janeiro de 2018 para se adequar. E, a partir de janeiro de 2019, as demais empresas industriais também terão de entregar a obrigação ao fisco mensalmente.

Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro "A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade", uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.

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