O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,9% no segundo trimestre de 2023 (2T23), segundo a divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (1). Em relação ao mesmo período de 2022, o crescimento foi de 3,4%, mas comparado ao 1T23, cujo indicador subiu 1,8%, houve uma desaceleração.
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões.
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A maior alta do dado foi da Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%), enquanto a Agropecuária recuou 0,9%.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o dado veio acima das expectativas do mercado. A estimativa do consenso Refinitiv era de um crescimento de 0,3% frente o 1T23 e de 2,7% na comparação anual (2T22).
“O que surpreendeu mesmo foi o agronegócio, que puxou o PIB para cima no primeiro trimestre e que não veio tão ruim nesse segundo. Nesse contexto a gente tem um suporte maior para um crescimento ainda melhor em 2023“, afirma o especialista.
“A gente tem recebido, desde 2021, projeções cada vez melhores de crescimento, uma dinâmica muito diferente do observado entre 2012 e 2016, em que tivemos por anos sucessivos revisões negativas do PIB, e de 2016 a 2019, em que tivemos estabilidade entre o que era projetado no início do ano e o que era entregue ao final dele”.
Ao mesmo tempo, ainda que o resultado tenha sido bom, Spiess reforça que há muito trabalho a ser feito em 2023, principalmente em relação às tentativas de aumentar as fontes de arrecadação fiscal.
Ontem (31), foi apresentado o Projeto de Lei Orçamentária de 2024, que segue a meta do arcabouço de atingir um déficit primário zero, apresentando até mesmo um pequeno superávit de R$ 2,8 bilhões. “Quase de um filme de ficção”, diz o especialista.
“O governo está altamente dependente da receita, o que parece um desafio significativo nas atuais circunstâncias. A arrecadação não está próxima do esperado e o novo projeto de Lei do Carf, que poderia trazer mais de R$ 50 bilhões, é algo que poucos acreditam. Para manter os gastos públicos implementados pelo governo, a Fazenda precisa de R$ 124 bilhões, uma tarefa nada fácil”, como explicou mais cedo na newsletter Mercado em 5 Minutos.
Na visão de Spiess, muitas coisas precisam convergir para vermos um cenário nesse sentido ano que vem. “Até é possível, mas não é provável”, afirma.
“Historicamente, setembro é ruim para os ativos americanos. E estamos muito associados à dinâmica de juros de lá. Então, com um mercado um pouco pior, a Bolsa brasileira teria um pouco mais de dificuldade”, explica.
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Por outro lado, segundo ele, estímulos à economia chinesa e um “topo” para os juros americanos seriam positivos para o Ibovespa.
“No cenário doméstico, viramos a página de questões fiscais importantes, agora temos que partir para a execução. Como o governo já vai lidar com isso, deve afetar diretamente a Bolsa”, afirma.
Do ponto de vista estrutural, o analista mantém uma visão construtiva para a Bolsa e o momento de flexibilização da política monetária (queda da Selic) lhe parece um momento propício para comprar ativos de risco.
Fonte: Empiricus
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