Pix e Open Finance: a parceria que deu certo

À medida que o cenário financeiro global evolui rapidamente, duas iniciativas brasileiras estão se destacando como peças fundamentais na modernização e integração do setor: o Pix e o Open Finance. Essas iniciativas estão intrinsecamente interligadas, trabalhando juntas para redefinir a experiência financeira dos consumidores e criar oportunidades para inovação.

Pix

O Pix, plataforma de pagamentos instantâneos desenvolvida pelo Banco Central do Brasil, tem se destacado pela agilidade e eficiência nas transações.

Em três anos de existência, movimentou R$29,7 trilhões em 66,5 bilhões de transações, conforme a autoridade monetária, e se consolidou como a forma de pagamento mais utilizada pelo brasileiro — isso representa uma média de R$27,5 milhões movimentados por dia.

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A agilidade do Pix já registrou mais de 150 milhões de transações diárias, e 99% delas são liquidadas em pouco mais de um segundo.

Open Finance

Ao mesmo tempo, o Open Finance visa integrar diversos serviços financeiros, permitindo que os usuários acessem e compartilhem seus dados financeiros de maneira segura entre diferentes instituições.

O Brasil tem liderando os avanços na área ao nível mundial e segundo o levantamento realizado pela Ipsos a pedido da TecBan, 52% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar dados, enquanto em 2018, quando o levantamento começou, esse número era de 39%. O Banco Central lançou o Open Finance para a população em 2022.

O Pix e o Open Finance possuem diferenças significativas

Enquanto o primeiro é utilizado diariamente, o segundo ainda se encontra em fase de desenvolvimento. A previsão é que, quando totalmente desenvolvido, o Open Finance integrará mais soluções ao dia a dia, com destaque para gestão financeira pessoal e iniciação de transações de pagamento.

Enquanto isso, o crescimento do Open Finance, tanto já alcançado quanto previsto, posiciona o Brasil como líder nos sistemas de Open Banking ao redor do mundo.

Segundo Alan Mareines, CEO da Lina Open X, “O Pix e o Open Finance caminham lado a lado porque ambos estão centrados na transformação digital e na criação de um ecossistema financeiro mais dinâmico e acessível a todos.”

 Veja a seguir como as duas iniciativas se integram. 

Digitalização e agilidade

O Pix proporciona transações instantâneas, tornando o processo de movimentação de dinheiro mais ágil. Essa agilidade é essencial para atender às demandas dos consumidores modernos. Em conjunto, o Open Finance visa ampliar essa agilidade ao permitir a integração eficiente de uma variedade de serviços financeiros.

Inovação e novas oportunidades

Ambas as iniciativas abrem espaço para a inovação. O Pix estimula a criação de novos modelos de pagamento, enquanto o Open Finance possibilita desenvolver novos produtos financeiros e modelos de negócios, proporcionando um ecossistema financeiro mais diversificado e competitivo. 

Experiência do usuário aprimorada

Ao unir o poder do Pix e do Open Finance, os usuários podem esperar uma experiência financeira mais fluida e integrada. Pagamentos instantâneos combinados com o acesso fácil a uma variedade de serviços financeiros resultam em uma experiência mais completa para os consumidores. 

“A combinação do Pix com o Open Finance é sinérgica. O Pix facilita os pagamentos instantâneos, enquanto o Open Finance promove a interconectividade entre diferentes serviços, criando um ambiente de gestão financeira integrada para os usuários,” destaca Mareines. 

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Além de todos esses benefícios, o Pix e o Open Finance colocam um foco significativo na segurança das transações financeiras. “A segurança é uma prioridade tanto para o Pix quanto para o Open Finance. O Pix utiliza tecnologias avançadas para garantir transações seguras, enquanto o Open Finance estabelece padrões e regulamentações para o compartilhamento seguro de dados financeiros,” acrescenta o CEO da fintech.

À medida que o Pix e o Open Finance continuam a moldar o futuro financeiro do Brasil, a colaboração entre essas iniciativas destaca-se como uma abordagem estratégica para impulsionar a inovação e a eficiência no setor. 

Essa combinação pode resultar em um ecossistema financeiro mais dinâmico e adaptável às necessidades dos consumidores modernos, sejam eles pessoas ou empresas. 

Bia Montes

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